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RESENHA
Obra respeita
leitores e
biografados
da Reportagem Local
Um livro sobre suicídio
tem de ser, necessariamente,
analisado do ponto de vista
ético. O dicionário de J.Toledo passa nas duas grandes
questões que se põem: não
faz apologia do ato -o que
seria um desrespeito aos leitores- nem o condena por
antecipação -o que seria
uma desconsideração com
os biografados.
Do mais antigo caso, de Licurgo (século 9 a.C.), legislador de Esparta que se deixou
morrer de fome devido à incapacidade da cidade grega
de manter a harmonia social, aos mais recentes, o dicionário mantém esse duplo
bom caráter, qualidade que
está acima de eventuais imprecisões ou pouco aprofundamento provocados pela limitação de espaço.
Não que faltem figuras negativas: estão lá o ditador
alemão Adolf Hitler e sua
amante Eva Braun, entre outros, que são julgados por toda a sua história e não pelo
fim que deram a ela.
A lista pode parecer sem
utilidade e talvez atraia pelo
aparente potencial para satisfazer desejos mórbidos.
Mas é melhor recorrer a outro motivo para consultá-lo:
sensacionalismo não é o forte desse dicionário.
Avaliação: ![](http://www.uol.com.br/fsp/images/ep.gif)
Livro: Dicionário de Suicidas
Ilustres
Autor: J.Toledo
Editora: Record
Quanto: R$ 35 (368 págs.)
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