São Paulo, Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2000


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RESENHA
Obra respeita leitores e biografados

da Reportagem Local


Um livro sobre suicídio tem de ser, necessariamente, analisado do ponto de vista ético. O dicionário de J.Toledo passa nas duas grandes questões que se põem: não faz apologia do ato -o que seria um desrespeito aos leitores- nem o condena por antecipação -o que seria uma desconsideração com os biografados.
Do mais antigo caso, de Licurgo (século 9 a.C.), legislador de Esparta que se deixou morrer de fome devido à incapacidade da cidade grega de manter a harmonia social, aos mais recentes, o dicionário mantém esse duplo bom caráter, qualidade que está acima de eventuais imprecisões ou pouco aprofundamento provocados pela limitação de espaço.
Não que faltem figuras negativas: estão lá o ditador alemão Adolf Hitler e sua amante Eva Braun, entre outros, que são julgados por toda a sua história e não pelo fim que deram a ela.
A lista pode parecer sem utilidade e talvez atraia pelo aparente potencial para satisfazer desejos mórbidos. Mas é melhor recorrer a outro motivo para consultá-lo: sensacionalismo não é o forte desse dicionário.


Avaliação:    


Livro: Dicionário de Suicidas Ilustres
Autor: J.Toledo
Editora: Record
Quanto: R$ 35 (368 págs.)


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