São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

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GASTRONOMIA

Japoneses se especializam para tentar ser diferentes

TEREZA NOVAES
DA REPORTAGEM LOCAL

Na maré contrária à dos restaurantes japoneses em sistema de rodízio, onde a fartura da variedade e da oferta são o prato principal, algumas casas investem em uma única especialidade.
Os "japoneses de um prato só" -geralmente pequenos e tocados em esquema familiar- esmeram-se pelas receitas que parecem ter no tempero um segredo transmitido através das gerações.
O Udon Nakamura serve há 50 anos lamen (macarrão fino, servido ensopado com carne e ovo cozido) e udon -massa um pouco mais grossa, feita de trigo sarraceno, ensopada e acompanhada de carne, tempurá e vegetais.
Os pratos custam a partir de R$ 9,50, o udon, e R$ 8,50, o lamen. Para o verão, há uma versão gelada de lamen por R$ 13,50.
O Nakamura começou a servir suas massas caseiras no mercado da Cantareira, mas agora funciona em uma das salas de um pequeno prédio com outros seis restaurantes, na Liberdade.
O Tempurá Ten também fica dentro de uma galeria, onde funciona há dois anos. O restaurante é especializado em tempurá, legumes, frutos do mar e peixes empanados e fritos. Atrás do balcão de onde saem as frituras sequinhas e crocantes, está a família Imai.
Quem quiser experimentar a especialidade (e único item do cardápio), que custa R$ 60 e inclui várias rodadas de tempurá, deve fazer reserva, de preferência com uma semana de antecedência.
Escrito em ideogramas, o letreiro da casa é indecifrável para analfabetos em japonês -é mais fácil procurar pelo número da loja, 23.
Um dos pioneiros em robatas, os espetinhos feitos na grelha a carvão, o Naga, antigo Santa Monica, foge um pouco do clima caseiro e tradicional. É um pequeno bar, anexo ao Nagayama do Itaim. Nas pequenas (e poucas) mesas de madeira, chegam os grelhados preparados no salão.
O Sea House abriu recentemente um espaço dedicado aos temakis, os sushis em forma de cone. O preço fixo de R$ 24,90 dá direito a 16 tipos de temakis, mais fatias de sashimis, além de guiozas e tempurás. "Hoje em dia há mais restaurantes japoneses do que churrascarias, então temos que tentar uma diferenciação", diz a proprietária Carolina Kawauchi, 24.


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