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Globo tem estréias para o período
da Reportagem Local
As estréias de programas também são responsáveis pela elevação do número de aparelhos de TV
ligados.
Neste mês, a Globo, que detém o
domínio da audiência, programou
três estréias para o período -a
microssérie "O Auto da Compadecida" e a minissérie "Chiquinha
Gonzaga", além da próxima novela das oito, "Suave Veneno".
Normalmente, a emissora não
planejava a estréia, especialmente
da novela das oito, o carro-chefe
de sua programação, para o período das férias.
Esse fator é importante para
identificar as causas do aumento
no consumo televisivo para Flávio
Ferrari, diretor-executivo do Ibope Mídia.
"As estréias são importantes. E o
fato de estarmos na fase final da
novela das oito, mais ainda."
O professor da FGV Rubens da
Costa Santos, especialista na área
de consumo, também crê que as
estréias aumentem a audiência total das emissoras de TV.
"Ao programar estréias, as TVs
mostraram uma preocupação
muito maior com o período, caprichando um pouco mais. Isso não
ocorria antigamente."
Já Maria Aparecida Baccega, da
ECA-USP, acredita na relação inversa de causa e efeito. "A Globo,
com seus mecanismos de medição
de opinião popular que tem, deve
ter feito pesquisas que indicaram o
quê as pessoas pretendiam fazer
neste período. E, em razão dos resultados, deve ter programado essas estréias. Não o contrário."
Para chegar a essa análise, Baccega não considera essencial a estréia
de "O Auto da Compadecida", que
se trata de uma microssérie e que,
portanto, é exibida em pouco tempo (quatro dias).
"Mas no caso de "Chiquinha
Gonzaga", uma minissérie que terá
mais de 20 capítulos, para a emissora é necessário saber se a população está disposta a se envolver
com uma trama mais longa."
Independentemente da análise
de Baccega, a microssérie "O Auto
da Compadecida" foi muito bem
de audiência, chegando a alcançar
38 pontos no Ibope.
Rodízio
A próxima novela das oito, "Suave Veneno", deve alcançar menos
índices no Ibope, se acompanhar
uma tendência histórica, de acordo com Ferrari. "Há uma espécie
de rodízio. Quando uma novela alcança sucesso, como "Torre", ela
meio que esgota a atração do público pelo gênero. A novela seguinte, historicamente, sempre alcança
índices menores." (RD)
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