CLÁUDIA CROITOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Nem "CSI", nem "Law & Order", nem "Without a Trace". A série sobre detetives mais assistida da Europa é a mesma há anos: "Julie Lescaut".
Exibida no Brasil pelo canal pago Multishow (Net/Sky), o seriado policial preferido dos europeus é protagonizado por uma mulher divorciada, com duas filhas adolescentes e às voltas com os problemas pessoais de seus colegas enquanto não está comandando a caça aos bandidos em uma delegacia parisiense.
"Nunca sei responder quando me perguntam por que a série faz tanto sucesso. Se eu soubesse exatamente os motivos que fazem a série funcionar, só faria filmes de sucesso", disse, rindo, Véronique Genest, que vive a policial Julie Lescaut, em conversa por telefone com a Folha, de Paris. Além de atriz, Genest é produtora de filmes para a televisão francesa.
"Mas acho que a junção de vários elementos é o grande segredo da série: tem um pouco de comédia familiar, há a relação de Julie com seus colegas e a ação no trabalho policial", completa Genest, que, enquanto conversava com a reportagem em um intervalo da gravação do seriado, era filmada para um "making of".
O canal já mostrou as quatro primeiras temporadas do programa e ainda tem cinco episódios inéditos da quinta, que vão ao ar em março, aos domingos.
Diferentemente das séries dos EUA, que são semanais, "Julie Lescaut" tem só 12 capítulos -na Europa, eles vão ao ar uma vez por mês.
Atualmente, o elenco está gravando a sexta temporada. "A novidade nessa temporada é que tenho um namorado novo. Ainda bem", diz Genest.
A atriz, acostumada a receber cartas de fãs de países como Rússia, Japão e África do Sul, há alguns anos veio ao Brasil e conheceu São Paulo. "Mas ninguém me reconheceu na rua", diz. "Quem sabe um dia", completa, rindo.