Repertório foi quase todo definido pelo antecessor demitido, John Neschling

Maestro Yan Pascal Tortelier deixa a regência das óperas previstas para 2009 nas mãos de Karabtchevsky e de Richard Armstrong

JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A substituição do maestro John Neschling por Yan Pascal Tortelier, na direção artística da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, determinou para 2009 mudanças menores na programação do grupo.
O regente francês não fará, por exemplo, o oratório "Paulus", de Felix Mendelssohn-Bartholdy, que abriria a temporada em 5 de março e saiu de vez do repertório. No lugar, regerá as "Variações Enigma", de Edward Elgar, e a "Sinfonia nº 2" de Sergei Rachmaninov.
No segundo programa de março, substituindo a "Sinfonia nº 5" de Carl Nielsen, Tortelier regerá a "Sinfonia nº 1" de Jean Sibelius.
O maestro francês também não está escalado para reger nenhuma das duas óperas que a Osesp fará em versão de concerto. "Falstaff", de Giuseppe Verdi, será feita em abril sob a direção de Isaac Karabtchevsky, hoje diretor da Petrobras Sinfônica e que não regia a orquestra paulista desde maio de 2000. Em setembro, será Richard Armstrong quem regerá "O Cavaleiro da Rosa", de Strauss. Armstrong já foi diretor de duas óperas britânicas, a do País de Gales e a da Escócia.
Nas duas óperas serão mantidos os elencos contratados. Em "Falstaff", por exemplo, o papel-título será cantado pelo barítono Albert Shagidullin (ele gravou "Boris Godunov", com Claudio Abbado). No "Cavaleiro", a Marechala será a soprano alemã Anne Schwanewilms.
Segundo a Fundação Osesp, estão mantidos os regentes convidados, anunciados desde o ano passado na brochura entregue aos assinantes. É o caso do russo Gennady Rozhdestvensky, ex-titular da Sinfônica da BBC e da Filarmônica de Estocolmo, que regerá na última semana de março peças de Glazunov, Prokofiev e Chostakovich e, na primeira semana de abril, obras de Anatole Liadov, Prokofiev e Tchaikovsky.
O pianista Arnaldo Cohen será solista em três programas, em maio, agosto e, fechando o ano, em dezembro.
O maestro chileno Victor Hugo Toro, que era assistente de Neschling, deixou a Osesp. Outros regentes assumiram seus compromissos. No início de abril, por exemplo, os três concertos com peças de Marcus Siqueira, Ginastera, Martinu e Max Reger serão regidos pela portuguesa Joana Carneiro, 32. Em junho, outros três concertos programados para Toro -peças de Sofia Gubaidulina e Haydn- ficarão a cargo de outro jovem maestro, o alemão Alexander Mickelthwate.
Ainda não definido o futuro da turnê internacional, que ocorreria em outubro.


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