Companhia não tem estreias previstas para 2009

ADRIANA PAVLOVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O corte de 33% do orçamento da Secretaria Municipal de Cultura atingiu em cheio o Balé da Cidade de São Paulo. A companhia, mantida financeiramente pela prefeitura, também teve sua verba anual cortada em um terço, e por isso não há nenhuma nova produção de espetáculo prevista para 2009.
Não há estreias agendadas para o grupo principal nem para a Cia 2, que neste ano comemora dez anos de atividade. Como de praxe, o Balé da Cidade faz pelo menos uma grande estreia anual, além de outras produções, ampliando dessa maneira o seu repertório.
Para piorar a situação, neste ano a companhia está sem palco, porque sua casa oficial, o Teatro Municipal, está em reforma -uma obra que pode se estender até o segundo semestre, segundo a Secretaria Municipal da Cultura. O grupo também não tem até agora apresentações agendadas em nenhum outro palco da cidade.
"Será um ano bem menos ativo do que o ano passado", diz Mônica Mion, diretora da companhia. Em 2008, o Balé da Cidade festejou 40 anos, e dentro das comemorações houve a estreia de duas grandes produções, "Canela Fina" e uma releitura de "O Lago dos Cisnes". "Vamos buscar parcerias com fiéis colaboradores como o Sesc para, talvez, no fim do ano, conseguir fazer algum novo espetáculo. Mas sem parceria realmente nada poderá ser feito", completa Mion.
Uma das poucas certezas da companhia neste ano é uma turnê por cidades da Europa agora em março, incluindo Bilbao, na Espanha, e Belgrado, na Sérvia, na qual vão mostrar oito coreografias. Ainda segundo Mion, haverá intensificação dos eventos realizados regularmente na sede da companhia, como encontros com o público e conversa com artistas.


Texto Anterior: Osesp começa ano com Elgar e Rachmaninov
Próximo Texto: Dançarinos se manifestam contra corte
Índice