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Rozenblit quer relançar discos
do enviado a Recife
Pouco do acervo da Rozenblit, hoje quase secreto,
ganhou edição em CD. Há
casos como o do disco "O
Bidu - Silêncio no Brooklin" (67), de quando Jorge
Ben "aderiu" ao internacionalizante iê-iê-iê, comprado pela Copacabana, reeditado e já fora de catálogo.
O mais comum é fonogramas da gravadora serem
reeditados em coletâneas
pelo Polydisc, selo local dirigido por José Florentino,
dono de uma grande cadeia
de lojas de discos e vídeo, e
Hélio Rozenblit (filho do
fundador da fábrica).
Este último dirige o estúdio Somax, em Recife, onde
José Rozenblit mantém sala
modesta de aposentado.
Em outra pequena sala, ficam estocadas, sob um frágil sistema de refrigeração e
camadas de poeira, as matrizes que as enchentes não
roubaram. "Tenho idéia de
relançar os discos com as
capas originais pela Polydisc", diz José Rozenblit.
Ele diz que já recusou
ofertas de vender seu acervo -inclusive da Warner e
da EMI. "A Warner não
queria investir, só relançar.
Não me interessei."
"No final dos 70, um grupo de artistas -Chico
Buarque, Paulinho da Viola, MPB-4- quis comprar
60% das ações para salvar a
empresa, desde que eu continuasse nela. Estava praticamente fechado, mas aí a
multinacional Ariola entrou no país e saiu contratando os artistas."
A falência veio, e acabou
assim o que Rozenblit chama de "a última fábrica de
discos da Bahia ao Amazonas" -e a última fábrica
nacional de discos do Brasil.
(PAS)
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