São Paulo, sexta-feira, 13 de março de 2009

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Coleção Folha destaca fotógrafos de revoluções

Edição traz imagens da Primavera de Praga e a tomada de Cuba por Fidel e Che

Volume mostra seis conflitos históricos, com fotos de Alberto Korda, Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, Burt Glinn, entre outros

DA REPORTAGEM LOCAL

Vinte imagens históricas realizadas durante seis conflitos que mudaram o curso da história ao longo de 30 anos do século 20. "Revoluções", o sétimo volume da Coleção Folha Grandes Fotógrafos, chega às bancas no domingo com imagens de cinco fotógrafos feitas durante a Guerra Civil Espanhola, a invasão da China pelo Japão, a chegada do comunismo na China e em Cuba, a Primavera de Praga e os movimentos estudantis em Paris, em 1968.
Além das imagens de Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, cofundadores da agência Magnum, realizadas na Espanha, na China e na França, o volume traz também as fotografias do cubano Alberto Korda, do tcheco Josef Koudelka e do norte-americano Burt Glinn.
Korda é o autor do famoso retrato de Che Guevara com os olhos fixos no horizonte, uma das fotografias mais conhecidas e reproduzidas no mundo. "Revoluções" publica também, do mesmo autor, a imagem emblemática de um camponês sentado no alto de um poste, fumando calmamente um cigarro enquanto uma multidão abaixo dele comemora o ataque ao quartel de Moncada realizado pelas forças castristas em 1953.
Mas coube ao norte-americano Burt Glinn, atuando na Magnum na época, realizar boa parte das imagens históricas de Fidel e companheiros tomando o poder em 1959. Na noite de 31 de dezembro de 1958, o fotógrafo soube que o ditador Fulgencio Batista havia abandonado Cuba. A caminho da festa de Réveillon, desviou seu curso para o aeroporto e chegou a Havana a tempo de flagrar a entrada de Fidel e seus aliados na cidade de Santa Clara dos Rebeldes. A foto mostra os revolucionários sobre um tanque de guerra sendo efusivamente saudados pelo povo.

Tropas
A Primavera de Praga surge em duas imagens antológicas de Koudelka. Uma delas tem o relógio do próprio fotógrafo exibindo o instante em que as tropas soviéticas invadiram Praga, para acabar com o sonho dos comunistas tchecos de porem fim ao regime de partido único e abrirem a sociedade ao pluralismo cultural e político.
Na imagem ao lado dessa, um ato heroico: um jovem cidadão de Praga, inconformado com a situação, provoca um soldado armado que está com a arma apontada para ele sobre um tanque, abrindo sua jaqueta e oferecendo o próprio peito como alvo. E o fotógrafo, postado ao lado do manifestante, também se coloca como um alvo fácil. Ossos do ofício.


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