|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Coleção Folha destaca fotógrafos de revoluções
Edição traz imagens da Primavera de Praga e a tomada de Cuba por Fidel e Che
Volume mostra seis conflitos históricos, com fotos de Alberto Korda, Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, Burt Glinn, entre outros
DA REPORTAGEM LOCAL
Vinte imagens históricas realizadas durante seis conflitos
que mudaram o curso da história ao longo de 30 anos do século 20. "Revoluções", o sétimo
volume da Coleção Folha Grandes Fotógrafos, chega às bancas
no domingo com imagens de
cinco fotógrafos feitas durante
a Guerra Civil Espanhola, a invasão da China pelo Japão, a
chegada do comunismo na China e em Cuba, a Primavera de
Praga e os movimentos estudantis em Paris, em 1968.
Além das imagens de Robert
Capa e Henri Cartier-Bresson,
cofundadores da agência Magnum, realizadas na Espanha, na
China e na França, o volume
traz também as fotografias do
cubano Alberto Korda, do tcheco Josef Koudelka e do norte-americano Burt Glinn.
Korda é o autor do famoso
retrato de Che Guevara com os
olhos fixos no horizonte, uma
das fotografias mais conhecidas e reproduzidas no mundo.
"Revoluções" publica também,
do mesmo autor, a imagem emblemática de um camponês
sentado no alto de um poste, fumando calmamente um cigarro
enquanto uma multidão abaixo
dele comemora o ataque ao
quartel de Moncada realizado
pelas forças castristas em 1953.
Mas coube ao norte-americano Burt Glinn, atuando na
Magnum na época, realizar boa
parte das imagens históricas de
Fidel e companheiros tomando
o poder em 1959. Na noite de 31
de dezembro de 1958, o fotógrafo soube que o ditador Fulgencio Batista havia abandonado Cuba. A caminho da festa de
Réveillon, desviou seu curso
para o aeroporto e chegou a Havana a tempo de flagrar a entrada de Fidel e seus aliados na cidade de Santa Clara dos Rebeldes. A foto mostra os revolucionários sobre um tanque de
guerra sendo efusivamente
saudados pelo povo.
Tropas
A Primavera de Praga surge
em duas imagens antológicas
de Koudelka. Uma delas tem o
relógio do próprio fotógrafo
exibindo o instante em que as
tropas soviéticas invadiram
Praga, para acabar com o sonho
dos comunistas tchecos de porem fim ao regime de partido
único e abrirem a sociedade ao
pluralismo cultural e político.
Na imagem ao lado dessa, um
ato heroico: um jovem cidadão
de Praga, inconformado com a
situação, provoca um soldado
armado que está com a arma
apontada para ele sobre um
tanque, abrindo sua jaqueta e
oferecendo o próprio peito como alvo. E o fotógrafo, postado
ao lado do manifestante, também se coloca como um alvo fácil. Ossos do ofício.
Texto Anterior: Gastronomia: Após contaminação, Fat Duck reabre já lotado Próximo Texto: Museu do Ouro vai exibir acervo na Pinacoteca Índice
|