São Paulo, Sábado, 13 de Março de 1999
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Programação educativa é o forte

de Londres

Grande parte da programação do festival de literatura de Londres tem fins educativos, voltada para professores, métodos de fazer da leitura um prazer para crianças -foco de especial atenção nos eventos matutinos- e diversão para todas as idades, o que inclui workshop de "poesia energizante".
"The Word" é eclético e internacional. Rússia, China e Oriente Médio serão temas de debates, por exemplo. Os árabes terão vez com palestras na própria língua.
Temas controversos para o mundo da literatura como o valor literário de biografias será assunto para acaloradas discussões.
"Seriam as biografias mais uma demonstração da importância da fofoca para a atual sociedade?", questionará a palestra "Vida ou Morte?", sobre biografias.
A programação inclui ainda workshops gratuitos que ensinam como se beneficiar da escrita para superar o estresse mental -as aulas serão ministradas por pessoal treinado que trabalha há anos com isso no grupo Campanha da Saúde Mental.
Um dos debates mais quentes da temporada promete ser o que vai reunir escritores israelenses e palestinos, povos que vivem em conflito há anos por disputas territoriais e diferenças religiosas (veja programação).
Para mediar o encontro, uma escritora sul-africana, trazendo a própria experiência de um país dividido pelo apartheid (segregação oficial), oficialmente encerrado em 94, mas que deixou uma pesada carga para o país, o apartheid social.
O regime militar do general Augusto Pinochet também estará em evidência, quando o escritor Ariel Dorfman estiver falando do pano de fundo de uma das suas peças mais conhecidas, "A Morte e a Donzela", que aborda justamente a tortura dos anos Pinochet.
Contadores de histórias estarão espalhados por vários locais da cidade e novas histórias serão contadas e montadas pela platéia nas atividades interativas.
Quem trabalha terá a opção de frequentar eventos que começam a partir das 20h e 21h.
"The Word" estará trazendo vencedores do Nobel de literatura, como o nigeriano Wole Soyinka e a sul-africana Nadine Godimer.
(IC)


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