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MÚSICA
Ex-guitarrista e cantor da histórica banda Pixies lança seu quarto álbum solo, "Frank Black and the Catholics
Frank Black lança CD e pode tocar no Brasil
Divulgação
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Frank Black, ex-líder dos Pixies, que lança seu quarto CD solo
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MARCELO OROZCO
do "Notícias Populares"
Num caso raro, o Brasil passa a
perna nos Estados Unidos e tem
antes o lançamento de um novo
álbum de um nome de peso do
rock. É o que está acontecendo
com o norte-americano Frank
Black, 33.
O CD "Frank Black and the Catholics" é o quarto álbum solo do
ex-líder da banda Pixies
(1987-1991). Gravado há um ano,
só saiu na semana passada na Europa e no Brasil, lançado pela Natasha Records.
Os EUA vão esperar. Black contou à Folha, falando por telefone
de New Haven (EUA), que não há
previsão de lançamento na América do Norte. "Talvez em agosto."
Também em agosto, o cantor e
guitarrista (cujo nome real é Charles Thompson 4º) pode fazer sua
primeira turnê no Brasil.
Se vier, Black já trará uma formação diferente da que está no
disco. O guitarrista Richie Gilbert
acaba de substituir Lyle Workman, que trabalhava com Black há
quase cinco anos.
Folha - Seu novo álbum, "Frank
Black and the Catholics", está saindo no Brasil agora, antes mesmo
que nos Estados Unidos? Por quê?
Frank Black - Isso aconteceu
porque estou sem gravadora aqui
nos Estados Unidos. Gravamos há
um ano e não saiu por problemas
com gravadoras, como sempre.
Talvez aqui saia em agosto, não
sei. Na Europa, saiu semana passada, dia 4 de maio.
Folha- Há rumores de que você
virá ao Brasil fazer shows em agosto. Alguma coisa confirmada?
Black - Não confirmamos nada
ainda. Há conversas. Eu só costumo tocar duas músicas dos Pixies,
"Holiday Song" e "Wave of Mutilation", hoje em dia. Para o Brasil, talvez eu toque algumas mais
dos Pixies, que deve ser a maior referência do meu trabalho aí.
Folha - Como você imagina o
Brasil?
Black - Eu sei que é grande. Por
isso, não acho que seja uma coisa
só. Tem metrópoles como Rio e
São Paulo, uma cidade urbana
moderna como Brasília, cidades
de garimpo... Eu gostaria de ir a cidades com lugares de rock'n'roll.
Folha - Você ouve algo de música
brasileira?
Black - Na maior parte, o que
ouço é rock'n'roll feito nos Estados Unidos e Inglaterra. Ouço Sérgio Mendes porque ele fez parte do
cenário pop americano, especialmente nos anos 60. Falaram-me
que ele é até mais conhecido nos
Estados Unidos que no Brasil.
Folha - Sobre o disco, você batizou a banda de Catholics (católicos), mas ela já vinha tocando com
você há tempo. Por que só agora
um nome?
Black - Tocamos há uns três
anos e meio. Apenas queríamos
um nome como Neil Young and
Crazy Horse.
Folha - O disco foi gravado ao vivo no estúdio?
Black - Sim, direto em dois canais. Estávamos fazendo uma demo tape que acabou sendo o álbum. Inspirei-me num álbum do
Reverend Horton Heat (banda
americana de punkabilly) chamado "Smoke 'Em If You Got 'Em".
Eles também gravaram em dois canais, mas não fizeram alarde para
jornalistas como eu (risos).
Folha - O novo álbum é mais simples em som e em estrutura das
músicas que o que você fazia antes. Por quê?
Black - Às vezes, acaba sendo
mais fácil fazer um som complicado. É difícil fazer músicas simples e
boas, porque você entra no clichê.
Folha - As letras e até o nome da
banda têm referências religiosas.
Por quê?
Black - É coincidência. É minha
poesia. E poesia é um rio que vai
para lá e para cá. O nome da banda
é porque gostamos do som da palavra.
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