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São Paulo, domingo, 13 de julho de 2003

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FILMES DE HOJE

TV ABERTA

Eddie Murphy dá passo em falso com "Dr. Dolittle"

Dr. Dolittle
Globo, 13h15.  
EUA, 98, 85 min. Direção: Betty Thomas. Com Eddie Murphy, Ossie Davis. Murphy faz John Dolittle, o médico que recupera a horas tantas o dom de falar com os animais que tinha quando era criança. Outro passo em falso de Murphy, em filme para gosto estritamente infantil.

Dona Violante Miranda
Cultura, 15h30.   
Brasil, 60, 75 min. Direção: Fernando de Barros. Com Dercy Gonçalves, Celso Faria. A base, uma peça de Abílio Pereira de Almeida, é muito boa. Dona Violante é a ex-dona de bordel que educa com enorme dedicação a filha de uma de suas meninas, que morreu, passando-se por sua avó. Já adulta, no entanto, ela terá seu passado revelado. P&B.

Lucky Luke
Record, 18h.   
Itália, 91, 83 min. Direção: Terence Hill. Com Terence Hill, Nancy Morgan. Hill dirige e interpreta o herói do Oeste criado por René Goscinny para HQs menos felizes que as de Astérix.

Até as Últimas Consequências
SBT, 23h.  
(Set It Off). EUA, 96, 123 min. Direção: F. Gary Gray. Com Jada Pinkett, Blair Underwood. Em aperto financeiro profundo, quatro mulheres negras planejam assalto a banco. Apesar do cerco da polícia, ainda haverá tempo, também, para algum romance. Filme mal recebido nos EUA.

Legionário
Globo, 23h.  
(Legionnaire). EUA, 98, 99 min. Direção: Peter MacDonald. Com Jean-Claude van Damme, Adewale Akinnouye-Agbaje. Van Damme é o lutador Alain Lefèvre, a quem mafiosos dão ordem para perder um combate. Estamos em 1924, e Van Damme já era Van Damme, de maneira que ele não consegue dobrar o seu instinto de vencedor, ganha a luta e vai acabar na Legião Estrangeira, a mesma em que o Gordo e o Magro uma vez se refugiaram, na tentativa de curar dores de amor.

A Grande Ilusão
Bandeirantes, 0h30.    
(All the King's Men). EUA, 49, 109 min. Direção: Robert Rossen. Com Broderick Crawford, John Ireland. A vida de político que cria força e, embora provinciano, consegue se eleger governador. O futuro, porém, não será sopa para ele. Filme que Rossen fez de forma independente no tempo em que tentava demonstrar que não era comunista (tinha sido). Oscar de melhor filme, mas inferior ao "A Grande Ilusão" de Jean Renoir. P&B. Legendado. (IA)

TV PAGA

Cinema vira apenas veículo para Elvis Presley

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A palavra "veículo", aplicada ao cinema, significa aquele tipo de filme feito antes de mais nada em função de uma estrela, de seu tipo. A nada ela calharia melhor do que a Elvis Presley e seus filmes. Pois com Elvis tudo quase sempre gira, literalmente, em torno dele, todo o interesse vem dele e volta para ele.
É um pouco como os filmes de Mazzaropi, no Brasil: enquanto a ação estava com o galã e a mocinha, por exemplo, a platéia conversava e comia pipoca. Quando Mazzaropi entrava em cena, todos começavam a rir, e ele não precisava fazer nada, só andar.
O filme que abre o ciclo dedicado a Elvis, no Telecine, é "Saudades de um Pracinha". Para quem gosta de cinema, vale muito menos que "Get Crazy, na Zorra do Rock", que a emissora apresenta antes.
"Saudades de um Pracinha" talvez não tenha sido o maior sucesso de Elvis. Não é, seguramente, seu melhor filme (é, folgado, "Amor a Toda Velocidade", que não está no ciclo). Mas o cinema não importava nada aos fãs de Elvis, exceto como veículo.
O certo é que "Saudades de um Pracinha" marcou a volta de Elvis do serviço militar, fato que na época causou comoção mundial. Ele não faz nada muito diferente de quase todos os seus filmes: canta, e cantando seduz a garota que conta. Mas o serviço prestado à pátria atribuía ao filme um viés mais realista (e igualitário, convém lembrar) do que, por exemplo, ele ser garçom ou salva-vidas.


GET CRAZY, NA ZORRA DO ROCK. Quando: hoje, às 20h10, no Telecine Happy.


SAUDADES DE UM PRACINHA. Quando: hoje, às 21h45, no Telecine Happy.


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