São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2005

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FILMES

Windrunner - O Vencedor
Record, 14h15.
  
(Windrunner). EUA, 1994, 108 min. Direção: William Clark. Com Russell Means, Jason Wiles, Amanda Peterson, Margot Kidder. Em conflito com o pai -ex-astro do futebol americano- e escanteado pelo time de seu colégio, jovem encontra ajuda na pessoa de Jim Thorpe, esportista famoso que o incentiva a reencontrar ensinamentos da antiga cultura nativa norte-americana. Em suma, um filme sobre iniciação voltado para o público infanto-juvenil e versando sobre a busca de caminhos pessoais.

Matilda
Globo, 15h45.
   
(Matilda). EUA, 1996, 93 min. Direção: Danny DeVito. Com Mara Wilson, Danny DeVito, Rhea Perlman, Embeth Davidtz. Matilda (Wilson) é uma garota superdotada cercada por pais opressivos e cretinos (DeVito e Perlman) e por uma diretora de escola monstruosa. Só encontra apoio em uma professora (Davidtz). Adaptação de livro de Roald Dahl, excelente e subversivo escritor, por DeVito, um cineasta que foge à imbecilidade generalizada do cinema americano atual.

Robocop 2
Record, 21h35.
  
(Robocop 2). EUA, 1990, 117 min. Direção: Irvin Kershner. Com Peter Weller, Nancy Allen, John Glover. Na primeira seqüência da série, Robocop (Weller) luta em duas frentes: contra traficantes de drogas, que continuam a infestar Detroit, e contra seus criadores, que pretendem passá-lo para trás em favor de um policial-robô de nova geração. Embora Kershner seja um diretor digno, o filme decepciona em relação ao original.

Intercine
Globo, 1h50.

Para quarta, o votante pode escolher entre "Blue Tiger - Desafiando a Yakuza" (1994, de Norberto Barba, com Virginia Madsen, Toru Nakamura) e "The Super -O Dono do Pedaço " (1991, de Rod Daniel, com Joe Pesci, Vincent Gardenia).

A Farsa
Globo, 3h30.
 
(Masquerade). EUA,1988, 91 min. Direção: Bob Swaim. Com Rob Lowe, Meg Tilly, Kim Cattrall. Herdeira milionaríssima apaixona-se por pobretão. Logo, porém, se dá conta de que o dinheiro é o que mais o atrai. Com tal argumento, não é de espantar que, apesar do elenco de prestígio, "A Farsa" seja um filme perfeitamente obscuro. (IA)

John Ford para tempos de CPIs

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Já que estamos todos de olho em CPIs, malas e cuecas de dinheiro, não há filme mais recomendável do que "O Último Hurrah" (Max Prime, 22h).
É verdade que John Ford exacerba aqui em seu pior defeito, o sentimentalismo. Mas fica a impressão de que tal, em derramamento, vai uma parte de compensação por estar tratando um tema que não lhe é caro: a política e as campanhas políticas.
Não lhe é caro porque na política estamos no terreno do relativo. É um pouco o oposto do artista, que, como o próprio Ford, podia ser irredutível. Na política, admite Ford, um tanto de corrupção é aceitável.
Até porque o prefeito Frank Skeffington tem lá seus podres, mas Ford visivelmente gosta dele. E, no final, bem no final, política é só uma questão de gostar ou não de certas pessoas.


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