São Paulo, sexta-feira, 13 de julho de 2007 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CDs Pop-rock The Reminder FEIST Gravadora: Universal; Quanto: R$ 25; Avaliação: bom A canadense Leslie Feist, 31, é "a" artista indie do momento, numa tradição que lembra The Smiths, Belle & Sebastian e Cat Power. Mas, se você fica com sono só em ouvir esses nomes, há de se mencionar que ela não é mais uma garota melancólica se lamuriando com o violão. Ela tem ginga e já colaborou com a loucona Peaches. Neste segundo disco solo, sua voz áspera e doce -ela quase perdeu a voz quando cantava numa banda de rock chamada Placebo (não aquela)- e uma sonoridade "low profile", quase rústica, embalam as boas letras confessionais, sobre desencontros amorosos. Tem um pouco de folk, rock, canções de fossa, releitura de Nina Simone ("Sealion") e membros ilustres na banda, como Gonzales e Jamie Lidell. POR QUE OUVIR: Feist é para melancólicos alegres. Experimente ver seus fantásticos clipes no YouTube, que lembram aqueles antigos musicais de Hollywood. (BRUNO YUTAKA SAITO) MPB Corra e Olhe o Céu CARONA BRASIL Gravadora: Paulus; Quanto: R$ 22, em média Avaliação: bom Grupos vocais são sempre perigosos, mas o quinteto mineiro Carona Brasil evita uníssonos e gorjeios excessivos, optando pela concessão e dando bastante espaço para os solos. Como são boas as cinco intérpretes -Ana Mafra, Branca de Castro, Cássia Mattiello, Rosana Tunes e Silvia Zappulla-, é simples a instrumentação e é ótimo o repertório, "Corra e Olhe o Céu" resulta em um CD agradável, com clima de sarau. A "Modinha" de Villa-Lobos e Manuel Bandeira e os dois sambas de Noel Rosa ("Não Tem Tradução" e "Estátua da Paciência") estão entre os destaques do álbum. POR QUE OUVIR: "Ingênuo", "Flor Amorosa", "Lua Branca" e "Ontem ao Luar" nos jogam no início do século 20. (LFV) Rock Our Love to Admire INTERPOL Gravadora: EMI; Quanto: R$ 30; Avaliação: regular Os anos 2000 chegaram promissores para a música pop, com grupos de Nova York -Strokes à frente e Interpol atrás- anunciando uma nova era de ouro no rock. Em seu terceiro disco, o Interpol mostra que não só eles, como essa cena, ficaram na promessa. Com produção de Rich Costey (do Muse), o grupo tenta deixar de ser um sub-Joy Division para buscar uma audiência maior. Da capa, um antílope atacado por leões, às letras sexistas, o grupo anda fascinado com clichês de rock de arena. Assim, soam menos parecidos com o pós-punk britânico, mas andam um tanto sem rumo. POR QUE OUVIR: O Interpol faz uma música sombria, quase gótica, em sintonia com os dias atuais; faixas como "Rest My Chemistry" e "The Heinrich Maneuver" ainda valem a audição. (BYS) Rock Estéreo CARA DE CAVALO Gravadora: independente; Quanto: R$ 18, em média Avaliação: regular Com nome de bandido, mas som de mocinho, a banda paulistana Cara de Cavalo, centrada no duo Marcelo Cauê (voz, violão e gaita) e Silmar Nogueira (guitarra e vocal), chega a seu segundo CD com seu rock que alterna momentos quase acústicos ("Quadro", "Hoje") com outros em que a guitarra pesa mais ("Ser Alguém", "Sabe Senhor"). Há alguns momentos Jota Quest (como em "Diferente de Você") e outros menos inspirados, inclusive nas letras (vide "Vão Dizer pro Aí"), mas, no geral, "Estéreo" sustenta o interesse, apesar de suas irregularidades. POR QUE OUVIR: Destacam-se as boas "Menino de Rua" e "Eu", ambas prontas para tocar nas rádios, se estas fossem mais abertas a bandas independentes. (MARCO AURÉLIO CANÔNICO) Texto Anterior: Crítica/MPB: Katia B dissipa sombra da bossa eletrônica Próximo Texto: Crítica/teatro: Diaz coroa processo em "A Gaivota" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |