São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2011 |
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CRÍTICA POP Cavaquinho é a peça-chave para começar a criar um novo gênero DE SÃO PAULO O título é explícito. O quinto álbum de estúdio de Seu Jorge traz dez músicas para -e sobre- o churrasco do fim de semana. Um disco forte, alto astral. A surpresa é vir empacotado como um álbum conceitual. "Músicas para Churrasco" começou como um nome na cabeça. Aí veio um álbum, que depois se tornou o primeiro de uma trilogia e, no futuro, deve virar musical. É um verdadeiro cineminha. Faixa após faixa, Seu Jorge vai introduzindo os personagens que frequentam o churrasco. Os nomes elencam a galera: "A Doida", "Meu Parceiro", "Vizinha", "Japonesa". Tudo com letras engraçadas e batida entusiasmada. Que batida é essa? Samba, basicamente, mas nem um pouco básico. Seu Jorge se despede do pandeiro e do tamborim, mas fica ali, impávido, o cavaquinho, bem tocado por Pretinho da Serrinha, parceiro antigo dele. A partir do cavaquinho, as músicas são montadas com bateria, teclados, metais e vocais vigorosos. Isoladas, uma ou outra faixa poderiam indicar o rótulo fácil do samba-rock. Mas não é isso. Seu Jorge se afasta desse gênero. O que ele faz ainda não tem rótulo, se é que precisa. É som negro, pesado, mas flerta com melodias pop. Talvez seja o samba em ligação com música americana, mas não o rock. Uma espécie de rhythm and blues brasileiro, algo como uma colaboração de Quincy Jones e Nelson Cavaquinho. Ou apenas o som amalgamado de Seu Jorge. (TM) MÚSICAS PARA CHURRASCO VOL. 1 ARTISTA Seu Jorge LANÇAMENTO Universal Music QUANTO R$ 26, em média AVALIAÇÃO ótimo Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Música: Fiel à "música revolucionária", Public Enemy retorna ao Brasil Índice | Comunicar Erros |
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