São Paulo, terça-feira, 13 de agosto de 2002 |
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Herói americano
SÉRGIO DÁVILA DE NOVA YORK Chama-se "The Rising", mas poderia se chamar "Dying in the USA", referência a "Born in the USA", maior sucesso da carreira de Bruce Springsteen, com 15 milhões de cópias vendidas. Lançado há duas semanas, seu novo CD é a primeira grande obra a ter o ataque terrorista de 11 de setembro como tema e inspiração. É também o primeiro de Springsteen desde o mesmo "Born" a reunir a formação original da E Street Band, cujo nome se refere a uma rua de Nova Jersey, onde o músico nasceu e explodiu para a fama, e composta de oito músicos, incluindo sua mulher, a backing vocal Patti Scialfa. "Rising" é também o primeiro de músicas inéditas em sete anos e de longe o mais bem-sucedido na carreira do músico na última década: vendeu 525 mil cópias em apenas três dias e lidera as paradas de sucesso desde seu lançamento. Das 15 faixas do novo álbum, 13 foram escritas nas semanas pós-11/9 e trazem em cada vírgula o estado de espírito de então. Diferentemente de muitos artistas e das acusações que sofreu de parte da imprensa, Springsteen não parece estar se aproveitando da desgraça alheia para reerguer a carreira, que não vinha lá muito bem das pernas. Além de morar numa fazenda em um condado de Nova Jersey que viu morrerem 158 de seus habitantes no World Trade Center, o músico teve participação importante em eventos de caridade desde as primeiras horas depois do ataque. De orientação liberal, Bruce Springsteen protestou quando a faixa-título de "Born in the USA" foi adotada pela direita da era Reagan como hino. Agora, porém, ele tem sido todo elogios à maneira com que o republicano George W. Bush conduziu e vem conduzindo as guerras contra o terrorismo e do Afeganistão. Texto Anterior: Programação de TV Próximo Texto: Cantor retoma caminho em direção ao rock Índice |
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