São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 2002

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Polêmica com luminares do samba é antiga

DA REPORTAGEM LOCAL

Elza Soares já conhece de longe essa discórdia. Hoje sua "popização" é chorada e surgem suspiros de saudade por sua fase sambista, mas essa loa vem desde a estréia, em 60, quando suas inserções de jazz em samba bruto eram vistas com horror. Repetiu-se nos 80, quando Elza se jurou Tina Turner daqui e flertou com Titãs e Lobão.
Não caberiam, portanto, espantos fora de hora. Por outro lado, o culto do novo disco como "o melhor de sua carreira" aparece como oba-oba equivalente ao outro.
A quase íntegra da obra de Elza nunca saiu em CD. Para se propalar o maquiado disco novo como "the best", só ignorando seus geniais anos 60, o LP que ela dividiu em 72 com o então estreante Roberto Ribeiro, a estonteante fase macumbeira (73-76) ou mesmo o roqueiro "Somos Todos Iguais" (86).
Queira-se ou não, "Do Cóccix Até o Pescoço" é reiteração disso tudo. Quem é de fato, Elza mostra mesmo é no palco. (PAS)


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