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Polêmica com luminares do samba é antiga
DA REPORTAGEM LOCAL
Elza Soares já conhece de
longe essa discórdia. Hoje
sua "popização" é chorada e
surgem suspiros de saudade
por sua fase sambista, mas
essa loa vem desde a estréia,
em 60, quando suas inserções de jazz em samba bruto
eram vistas com horror. Repetiu-se nos 80, quando Elza
se jurou Tina Turner daqui e
flertou com Titãs e Lobão.
Não caberiam, portanto,
espantos fora de hora. Por
outro lado, o culto do novo
disco como "o melhor de sua
carreira" aparece como oba-oba equivalente ao outro.
A quase íntegra da obra de
Elza nunca saiu em CD. Para
se propalar o maquiado disco novo como "the best", só
ignorando seus geniais anos
60, o LP que ela dividiu em
72 com o então estreante Roberto Ribeiro, a estonteante
fase macumbeira (73-76) ou
mesmo o roqueiro "Somos
Todos Iguais" (86).
Queira-se ou não, "Do
Cóccix Até o Pescoço" é reiteração disso tudo. Quem é
de fato, Elza mostra mesmo
é no palco.
(PAS)
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