GABRIELA LONGMAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Ela chega ao camarim vestida de preto, meia-calça preta e com as sandálias altíssimas -pretas. Dá ordens, resolve problemas e depois, sentada sobre seus 83 anos, conta detalhes sobre a temporada de "Bibi in Concert 3", que tem estréia marcada para amanhã no shopping Frei Caneca. Apesar da idade, comporta-se como a verdadeira dama do palco.
No novo espetáculo, Bibi Ferreira é apenas Bibi, cantando alto, falando sobre teatro e sobre o Brasil. Como nas duas primeiras versões -de 1991 e 1994-, o show reúne um pot-pourri de canções ditas "inesquecíveis": de Jobim às consagradas interpretações de Piaf ("Je ne regrette rien..."), passando por Chico Buarque e Silvio Caldas. Como fio condutor, estão textos falados: críticas à política e memórias dos tempos em que seu pai, Procópio Ferreira, era vivo.
O show termina com "Bye Bye, Bibi", que só não virou título do espetáculo porque não há razão para despedidas. A atriz prepara um disco de tangos para 2006. "Sei que ainda tenho muito o que mostrar, e o público ainda tem muito o que cobrar." Assim seja.