DA REPORTAGEM LOCAL

O autor de "Peer Gynt" e "O Inimigo do Povo", clássicos da dramaturgia universal, ganha destaque na programação do teatro Sesc Anchieta, em São Paulo.
O Festival Centenário Ibsen, que começa hoje e vai até o dia 6 de novembro, comemora os cem anos de independência da Noruega e lembra o centenário de morte de um dos seus maiores escritores, Henrik Ibsen (1828-1906).
Um mês com ciclos de palestra, leituras dramáticas, exposição, recital e uma montagem inédita de "O Pequeno Eyolf", produção carioca que vem assinada por Paulo de Moraes, em projeto paralelo ao trabalho da sua Armazém Cia. de Teatro (veja destaques da programação no quadro abaixo).
O texto trata dos conflitos entre dois casais e o filho de um deles, Eyolf. Sentimentos como ciúme, inveja, poder e desprezo delineiam as relações familiares e sociais dos personagens.
"A peça fala do individualismo e do egoísmo, mostra a nossa resistência em aceitar as falhas e as mudanças", diz a atriz e produtora Tânia Pires, que contracena com Fernando Alves Pinto, Carla Marins, Náshara e João Vitti. A montagem estréia amanhã.
Moraes também está entre os diretores que participam do ciclo de leituras: Mário Bortolotto, Sérgio Ferrara e José Celso Martinez Corrêa.
O festival tem início com a palestra "Ibsen e Grieg - A Natureza como Fonte de Inspiração", na qual o embaixador da Noruega no Brasil, Jan Gerhard, fala sobre o compositor conterrâneo Edvard Grieg (1843-1907), que criou a música incidental para a peça "Peer Gynt".

Gravuras
A exposição "Peer Gynt no Olhar de Frans Widerberg" traz uma série de dez litografias do drama homônimo de Ibsen, criações em moldura do artista Frans Widerberg.
Para o pintor norueguês, a luminosidade embasa seus trabalhos: a luz representa a força primitiva da natureza que proporciona vida. A paleta de Widerberg apresenta cores primárias: vermelho, amarelo e azul.


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