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MÚSICA
Série lembra os grandes mestres do violão
DA REPORTAGEM LOCAL
Satyro Bilhar, João Pernambuco, Heitor Villa-Lobos, Dilermando Reis, Nicanor Teixeira, Canhoto, Garoto, Baden Powell, João
Gilberto, Raphael Rabello... E por
aí vai a longa lista de violonistas
brasileiros que, cada qual à sua
maneira, criaram um jeito bem
particular de tocar e influenciaram (muitos ainda influenciam)
toda uma geração de músicos.
Tais mestres são lembrados e
comentados pela geração contemporânea de violonistas no primeiro dos três capítulos da série
"Violões do Brasil", dirigida e
produzida por Myriam Taubkin e
exibida a partir de amanhã pelo
canal de TV paga Rede SescSenac.
Badi Assad se lembra de Garoto
e Canhoto e de como, ainda hoje,
são pouco conhecidos. Turíbio
Santos traça uma linhagem de
violonistas iniciada por Villa-Lobos e João Pernambuco, seguidos
por Dilermano Reis, que teve como "herdeiro histórico" Nicanor
Teixeira, até chegar a Raphael Rabello, morto precocemente aos 32
anos. "Essa linhagem é uma coisa
impecável, belíssima", diz.
Em meio aos depoimentos, números musicais destacam a obra
de cada um desses violonistas. Há
"Tira Poeira", de Satyro Bilhar, a
bela "Abismo de Rosas", de Canhoto, "Arranca Toco", de Meira,
entre outras composições.
Chamado por Santos de "arauto
da bossa nova", Garoto tem sua
"Duas Contas" interpretada por
um grupo de fazer inveja composto por Guinga, Paulo Bellinati, Zé
Menezes, Carlos Lyra e companhia. "Garoto foi um dos maiores
violonistas que já tocaram no
mundo, uma técnica especial",
diz Lyra. Zé Menezes completa:
"Ele fez demais para o pouco que
viveu [morto aos 39 anos]. Depois
de Garoto e Radamés Gnatalli não
tenho que admirar mais nada".
João Gilberto, outro mestre do
violão, aparece aqui numa descrição de Santos, que explica como o
o pai da bossa nova posiciona o
violão no colo, debruçado-se sobre ele. "É quase à beira da normalidade", diz ele.
Violões do Brasil - Os Mestres
Quando: amanhã, às 21h30, na Rede SescSenac
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