São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2005

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MÚSICA

Série lembra os grandes mestres do violão

DA REPORTAGEM LOCAL

Satyro Bilhar, João Pernambuco, Heitor Villa-Lobos, Dilermando Reis, Nicanor Teixeira, Canhoto, Garoto, Baden Powell, João Gilberto, Raphael Rabello... E por aí vai a longa lista de violonistas brasileiros que, cada qual à sua maneira, criaram um jeito bem particular de tocar e influenciaram (muitos ainda influenciam) toda uma geração de músicos.
Tais mestres são lembrados e comentados pela geração contemporânea de violonistas no primeiro dos três capítulos da série "Violões do Brasil", dirigida e produzida por Myriam Taubkin e exibida a partir de amanhã pelo canal de TV paga Rede SescSenac.
Badi Assad se lembra de Garoto e Canhoto e de como, ainda hoje, são pouco conhecidos. Turíbio Santos traça uma linhagem de violonistas iniciada por Villa-Lobos e João Pernambuco, seguidos por Dilermano Reis, que teve como "herdeiro histórico" Nicanor Teixeira, até chegar a Raphael Rabello, morto precocemente aos 32 anos. "Essa linhagem é uma coisa impecável, belíssima", diz.
Em meio aos depoimentos, números musicais destacam a obra de cada um desses violonistas. Há "Tira Poeira", de Satyro Bilhar, a bela "Abismo de Rosas", de Canhoto, "Arranca Toco", de Meira, entre outras composições.
Chamado por Santos de "arauto da bossa nova", Garoto tem sua "Duas Contas" interpretada por um grupo de fazer inveja composto por Guinga, Paulo Bellinati, Zé Menezes, Carlos Lyra e companhia. "Garoto foi um dos maiores violonistas que já tocaram no mundo, uma técnica especial", diz Lyra. Zé Menezes completa: "Ele fez demais para o pouco que viveu [morto aos 39 anos]. Depois de Garoto e Radamés Gnatalli não tenho que admirar mais nada".
João Gilberto, outro mestre do violão, aparece aqui numa descrição de Santos, que explica como o o pai da bossa nova posiciona o violão no colo, debruçado-se sobre ele. "É quase à beira da normalidade", diz ele.


Violões do Brasil - Os Mestres
Quando:
amanhã, às 21h30, na Rede SescSenac


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