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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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"Party Monster" retrata cena dos "club kids"

BRUNO YUTAKA SAITO
DA REDAÇÃO

Viver em constante estado de euforia e se entregar aos impulsos mais básicos. Para eles, a vida era uma grande farsa e só importava o glamour, a fama, o sucesso e o dinheiro. Os "club kids" da cena nova-iorquina do começo dos anos 90 -e clubbers hedonistas de qualquer ponto do planeta- ganham um retrato em "Party Monster", que abre hoje o festival MixBrasil.
Macaulay Culkin, 23, -longe das telas desde 1994 com o fiasco "Riquinho"- faz o papel principal (e real), o promoter, "rei club kid" e bissexual Michael Alig. Com planos de ser o novo Andy Warhol (1928-1987), Alig criou algumas das festas mais comentadas do final dos anos 80, sempre com temáticas ligadas a filmes de terror. É dele a Disco 2000, no clube Limelight, ou a "Filthy Mouth" (Boca Suja), premiação em que os participantes gritavam obscenidades em troca de dinheiro.
O "reinado" de Alig não foi longe. Viciado em heroína e outras drogas, o promoter assassinou seu próprio traficante em um acesso de raiva.
"Quis criar um mundo colorido, onde todos pudessem brincar. Uma grande festa que nunca termina", diz o personagem de Culkin. "Party" mostra nas entrelinhas que, enquanto Warhol criou o conceito dos 15 minutos de fama, Alig foi um mero candidato da teoria.
O séquito do promoter era a sensação do underground. Vestiam roupas extravagantes que mais pareciam fantasias e chegaram até a ser convidados para turnês, mesmo que eles não soubessem, a rigor, fazer nada.
Embalado por hits oitentistas e electro (Nina Hagen, Dead or Alive, Miss Kittin, Tones on Tail, Ladytron), o filme traz ainda Marilyn Manson como a drag Cristina, Chloë Sevigny ("Kids") e Wilmer Valderrama, mais conhecido por Fez, da série "That 70's Show", que aqui interpreta o namorado de Alig, o DJ havaiano Keoki.


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