|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Pizzarelli volta com releituras de Frank Sinatra
Depois de homenagem a João Gilberto, norte-americano
apresenta canções de seu novo álbum, ainda inédito no país
Em passagem pelo Brasil,
músico faz temporada no
Bourbon Street e toca com
Orquestra Jazz Sinfônica no
Memorial da América Latina
CARLOS CALADO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desde sua estréia no Brasil,
em 1996, John Pizzarelli vem
ampliando seu fã-clube local
com apresentações freqüentes.
Em 2004, o cantor e guitarrista
lançou um álbum em tributo a
João Gilberto e à bossa nova.
Desta vez, homenageia outra de
suas influências musicais: o
cantor Frank Sinatra.
"Vir ao Brasil é sempre excitante, mas fazer duas coisas diferentes será mais divertido ainda", diz o norte-americano,
referindo-se à temporada de
quatro noites que inicia hoje,
no Bourbon Street, além do
concerto que fará com a Orquestra Jazz Sinfônica, quarta-feira (dia 15), no Memorial da América Latina.
Em todas as apresentações, a
platéia poderá ouvir algumas
releituras de Pizzarelli para sucessos de Sinatra. Elas fazem
parte de seu recém-lançado CD
"Dear Mr. Sinatra" (Telarc),
ainda inédito no Brasil.
"Sinatra é o melhor intérprete do grande cancioneiro norte-americano", diz o cantor. "Toda
vez que você ouve os discos dele
descobre alguma coisa nova. Isso é surpreendente".
Personalidade
Pizzarelli observa que a parceria com a orquestra de John
Clayton, autor dos arranjos de
seu álbum, foi fundamental para que ele conseguisse imprimir sua personalidade a essas novas versões para clássicos de
Sinatra.
"Acho que fui feliz ao escolher uma banda tão boa como a
de Clayton", elogia. "Isso permitiu que pudéssemos nos
afastar de Sinatra e soar mais
como nós mesmos. Eu não queria alguém tentando copiar os
arranjos de Nelson Riddle".
O concerto com a Jazz Sinfônica inclui dois arranjos de
Clayton para o álbum "Dear
Mr. Sinatra": "Nice'n'Easy" e
"Yes Sir, That's My Baby". O
programa também destaca um
arranjo de Quincy Jones ("In
the Wee Small Hours") e sete
de Don Sebesky, incluindo
"Samba de Uma Nota Só" (Tom
Jobim) e "Can't Buy Me Love"
(Lennon & McCartney).
Entreter platéias
"A chave para se tocar com
orquestra está nos arranjos. Tive arranjadores muito bons
trabalhando para mim nestes
anos, que souberam adaptar as
orquestras ao meu jeito de cantar", diz Pizzarelli, dono de um
estilo que combina elegância e
bom humor. "Sou um músico
de jazz que gosta de entreter as
platéias", define-se.
Já nos shows do Bourbon
Street (o de hoje é em benefício
das obras assistenciais da Unibes), o guitarrista vai estar na
companhia de seu grupo. "Com
o quarteto, a música pode soar
mais intimista. Já com a orquestra muita coisa acontece.
São formatos bem diferentes",
compara.
Com uma produção média de
um disco por ano, Pizzarelli
conta que já tem várias idéias,
mas ainda não definiu como será seu próximo projeto. "Talvez
seja um álbum de baladas com
um quarteto de cordas".
E quais são os compositores
que figuram nos planos de Pizzarelli para novos tributos musicais? "George Gershwin, Duke Ellington ou Johnny Mercer. Eu adoraria fazer outro
projeto com uma orquestra, tocando obras deles", revela.
JOHN PIZZARELLI
Quando: hoje, às 21h30; amanhã, quinta e sexta, às 21h e 23h30
Onde: Bourbon Street (r. dos Chanés,
127, Moema, tel. 11/5095-6100)
Quanto: R$ 160 e R$ 130 (hoje); de R$
75 a R$ 135 (terça, quinta e sexta)
Quando: quarta, às 21h
Onde: Memorial da América Latina
(av. Auro Soares de Moura Andrade,
664, Barra Funda, tel. 11/3823-4600)
Quanto: R$ 50 e R$ 25 (estudantes)
Texto Anterior: Guilherme Wisnik: Hábitos e "habitat" Próximo Texto: Cinema: Folha faz sessão de "O Céu de Suely" Índice
|