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TELEVISÃO
Crítica
Canal dedica dia ao triste Nosferatu
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
O Telecine Cult tirou o dia
para o mais triste de todos os
vampiros, Nosferatu. Para
quem não sabe, o nome foi criado para disfarçar, apenas. Digamos que o original, "Nosferatu" (19h45; não indicado a menores de 12 anos), feito por
F.W. Murnau em 1922, é uma
versão não-autorizada do
"Drácula", de Bram Stoker.
Mas sua qualidade poética,
suas sombras fantásticas, sua
figura esguia e sinistra terminaram por torná-lo talvez mais
célebre que o original (a despeito de Bela Lugosi, o vampiro
bem apessoado do filme de Tod
Browning, feito dez anos depois). Às 16h10, o Cult exibe
"Nosferatu, o Vampiro da
Noite" (não indicado a menores de 16 anos), versão colorida,
respeitosa e talentosa de 1979,
por Herzog, com o genial Klaus
Kinski no papel-título.
Depois, entra "A Sombra do
Vampiro" (18h05; não indicado a menores de 14 anos), bela
ficção sobre o que teria sido a
filmagem de 1922, com Willem
Dafoe como Max Schreck (o
primeiro Nosferatu) e John
Malkovich como Murnau.
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