São Paulo, sexta-feira, 13 de novembro de 2009

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Sistema Rain viabiliza lançamento de brasileiros

DA REPORTAGEM LOCAL

"Em cinco anos, não haverá mais cinema analógico. Mas o modelo DCI foi desenhado para as grandes salas dos EUA e da Europa. No Brasil, ainda temos mais filmes do que salas. Imagina excluir ainda mais exibidores?" Com essa declaração, José Eduardo Ferrão, da Rain, justifica a existência do sistema engendrado no Brasil.
"Devem ser buscados projetores adequados para diferentes mercados", defende. O argumento se fortalece quando se trata de filmes brasileiros ou produções estrangeiras menores. "Com o digital, lanço o filme em mais salas e arrisco mais", diz Jean-Thomas Bernardini, distribuidores dos filmes de Alain Resnais ("Ervas Daninhas") e Michael Haneke ("A Fita Branca").
Não houvesse a Rain, teriam ficado escondidos numa só sala documentários como "Cartola" e "Santiago". "Vai ver se em Fortaleza ou Tubarão alguém reclama da qualidade do sistema Rain. Elas ficam é felizes de poder ver determinado filme", diz Adhemar Oliveira.
O que torna o lançamento pelo sistema Rain mais viável é a diferença de custo. O distribuidor deixa de gastar com negativo, transporte e armazenamento. "Não se trata de simples troca de projetores", escreve Luca, no livro "A Hora do Cinema Digital". "Mas toda mudança tecnológica no cinema é trágica, no sentido de que beneficia os maiores e mais ricos."
A mudança não diz respeito apenas ao cinema, mas ao negócio do entretenimento. "Poderemos ter shows ao vivo, partidas de futebol, peças de teatro ou uma ópera sendo exibida nas salas", diz Fábio Lima, criador do MovieMobz, que organiza sessões pela internet. "Cada público poderá buscar o que for do seu interesse." (APS)


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