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Objetos de Arte
IVAN FINOTTI
da Reportagem Local
Como você se sentiria sendo objeto
de uma obra de arte?
Para algumas das dezenas de pessoas que emprestaram seus rostos,
quartos, lâmpadas e nomes para artistas da 24ª Bienal de São Paulo, a resposta é uma só: "orgulhoso".
A Folha acompanhou diversos desses "objetos de arte" em visitas à Bienal, no parque do Ibirapuera. São moradores de favela, vigias de estacionamento, cozinheiras, porteiros e zeladores garimpados por artistas brasileiros e estrangeiros em todas as regiões da cidade.
Na Bienal, essas pessoas puderam se
ver e se reconhecer (ou não) nos trabalhos, marcados pela representação
do cotidiano da cidade.
A busca desse cotidiano é uma das
principais características dessa Bienal
antropofágica. Para o curador do
evento, Paulo Herkenhoff, "a nuance
política é presente e sutil. Este é o momento para trazer artistas que reflitam sobre essas questões".
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