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Morre o trompetista Márcio Montarroyos
"General" tocou com Ney Matogrosso e Milton Nascimento; fora do país, gravou com Ella Fitzgerald
DA SUCURSAL DO RIO
A casa de shows carioca Mistura Fina reabriu no último dia
19 de novembro com uma noite
beneficente para Márcio Montarroyos, 58. Mas não houve
muito tempo para que a renda
obtida contribuísse para o tratamento do trompetista contra
um câncer. Ele morreu às 5h de
ontem e seria enterrado à tarde
(após o fechamento desta edição) no cemitério São João Batista, zona sul do Rio.
Montarroyos surgiu na cena
musical no final dos anos 60 e, a
partir da década seguinte, tornou-se um dos trompetistas
mais requisitados por cantores
brasileiros. Acompanhou Ney
Matogrosso, Milton Nascimento e Edu Lobo, dentre muitos
outros. E atuou em discos de
estrelas internacionais como
Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan
e Stevie Wonder.
Também tocou com grandes
instrumentistas, como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti e
Sergio Mendes. E participou de
grupos como o Cama de Gato.
No show de novembro, o "general" -como era chamado por
muitos amigos -foi homenageado por Ney, Edu, Leila Pinheiro, Marcos Valle, João Donato, Celso Fonseca, Fafá de
Belém e outros. Fragilizado fisicamente, o músico se emocionou muito.
O trompetista também foi
band-leader. Entre os discos
que fez com o seu nome estão
"Stone Alliance" (1977), "Magic
Moment" (1982), "Carioca"
(1984), "Terra Mater" (1989) e
"The Congado Celebration"
(1995).
Como agitador cultural, ajudou a fundar o Mistura Fina e
foi diretor artístico da casa Giraldia Up Jazz, no Rio, entre
outras atividades.
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