São Paulo, quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

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Morre o trompetista Márcio Montarroyos

"General" tocou com Ney Matogrosso e Milton Nascimento; fora do país, gravou com Ella Fitzgerald

DA SUCURSAL DO RIO

A casa de shows carioca Mistura Fina reabriu no último dia 19 de novembro com uma noite beneficente para Márcio Montarroyos, 58. Mas não houve muito tempo para que a renda obtida contribuísse para o tratamento do trompetista contra um câncer. Ele morreu às 5h de ontem e seria enterrado à tarde (após o fechamento desta edição) no cemitério São João Batista, zona sul do Rio.
Montarroyos surgiu na cena musical no final dos anos 60 e, a partir da década seguinte, tornou-se um dos trompetistas mais requisitados por cantores brasileiros. Acompanhou Ney Matogrosso, Milton Nascimento e Edu Lobo, dentre muitos outros. E atuou em discos de estrelas internacionais como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Stevie Wonder.
Também tocou com grandes instrumentistas, como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti e Sergio Mendes. E participou de grupos como o Cama de Gato.
No show de novembro, o "general" -como era chamado por muitos amigos -foi homenageado por Ney, Edu, Leila Pinheiro, Marcos Valle, João Donato, Celso Fonseca, Fafá de Belém e outros. Fragilizado fisicamente, o músico se emocionou muito.
O trompetista também foi band-leader. Entre os discos que fez com o seu nome estão "Stone Alliance" (1977), "Magic Moment" (1982), "Carioca" (1984), "Terra Mater" (1989) e "The Congado Celebration" (1995).
Como agitador cultural, ajudou a fundar o Mistura Fina e foi diretor artístico da casa Giraldia Up Jazz, no Rio, entre outras atividades.


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