São Paulo, sábado, 13 de dezembro de 2008

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Livro vê cantor da jovem guarda aos anos 2000

DA REPORTAGEM LOCAL

Em 1968, tudo ia ser diferente. Mas só até 1982, quando Roberto Carlos cantaria: "Não vou mudar". As letras de "Se Você Pensa" e "Fera Ferida", respectivamente, prenunciavam o auge e o declínio da produção musical do Rei, conforme analisa o jornalista Oscar Pilagallo no livro "Folha Explica: Roberto Carlos", recém-lançado pela Publifolha.
Naquele fim dos anos 60, quando o cantor abandonava a jovem guarda e entrava numa prolífica fase soul -que, além de "Se Você Pensa", incluiria "Todos Estão Surdos" e "Jesus Cristo", entre outras-, ele deixava de ser o "rei da juventude" para se tornar simplesmente o Rei. Os anos 80, no entanto, conheceriam o Roberto Carlos da "música de motel" e da militância religiosa mais intensa, passando pelo ufanismo de "Verde e Amarelo", numa rara incursão na temática política. E, ainda assim, ele chegaria aos anos 2000 como "o artista mais bem-sucedido da história da música popular brasileira".
Em pouco mais de cem páginas (descontadas as de cronologia e discografia), o livro aborda ainda fatos como as críticas a Roberto Carlos pela postura "conformista" em tempos de ditadura militar, os amores que inspiraram canções e a defesa de um Caetano Veloso pré-tropicália num momento em que a nata da MPB fazia até "passeata contra a guitarra elétrica" da jovem guarda. (RAQUEL COZER)


FOLHA EXPLICA: ROBERTO CARLOS
Autor:
Oscar Pilagallo
Editora: Publifolha
Quanto: R$ 20,90 (168 págs.)



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