No céu de janeiro o Sol se relaciona de forma tensa com Marte e Saturno, e a Lua míngua em Sagitário. Enquanto isso, aqui na Terra os humanos cometem a tolice de estar continuamente tentando puxar o tapete dos seus semelhantes ao invés de usar a mesma energia para fazer dar certo os seus projetos pessoais.
A inveja, que dá movimento demais aos olhos, faz pensar que o mal do semelhante é a prerrogativa básica para o bem pessoal. No entanto, a equação do destino é muito mais justa e exata, e enquanto exista uma só pessoa miserável entre o céu e a terra, não haverá felicidade perfeita para ninguém.
Somente quando a ciência e filosofia humanas tiverem evoluído o suficiente para se comprovar a certeza férrea dessa lei é que a humanidade começará a realmente se movimentar ao redor do bem comum. Não havendo esforço para o bem comum, promove-se o mal comum que, por ser comum, atinge a todos.
Vãs são as ilusões dos humanos que se pensam à margem da miséria, pois, imaginando que levam vantagem sobre os seus semelhantes, perdem o caminho do amor e pelas noites amargam uma solidão inconfessável. Confessar essa solidão seria confessar também o erro do egoísmo selvagem.

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