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RUÍDO
MinC ensaia diálogo com campanha de DJs
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL
DJs paulistanos que desenvolvem campanha contra a supertaxação de sua ferramenta de trabalho (os discos de vinil importados) receberam, no fim de
semana passado, na Galeria Ouro Fino, visita de emissário extra-oficial do ministro Gilberto
Gil, o antropólogo Hermano
Vianna.
Segundo ele, a conversa foi informal, mas resultou numa decisão prática: "Os representantes dos DJs vão escrever o projeto de sua campanha para entregar ao Ministério da Cultura".
O DJ Marcos Morcerf, que lidera a mobilização, confirma:
"A reunião foi informal, mas
muito proveitosa. Nossa intenção agora é levar a campanha ao
MinC e ao Poder Legislativo".
O encontro foi intermediado
pela Coordenadoria da Juventude da Prefeitura de São Paulo,
que já apóia o movimento. Segundo Morcerf, Vianna irá inclusive auxiliar na revisão do
documento de pedido de atenção à questão, a ser encaminhado ao MinC.
O grupo atualmente luta pela
disseminação da campanha, inclusive pela internet (http://sites.uol.com.br/provinyl/).
"Os DJs são um pólo de trabalho para a juventude. É trabalho,
cultura e lazer, existe coisa melhor?", justifica/indaga Morcerf.
O NÃO-LANÇAMENTO
Na esteira colocada a rolar
por Celly Campello, a aguda
e pequena Cleide Alves teve
destaque no início dos anos
60, primeiro como crooner
do grupo Renato e Seus Blue
Caps e, em seguida, com um
repertório próprio que era
em grande parte formado
por versões e composições
originais (e hoje desconhecidas) de Roberto e Erasmo
Carlos. "Brotinho Transviado", "Beijo Quente", "Cara
de Pau" e "Mamãe Acha que
É Normal" eram alguns dos
títulos prafrentex do trio. A
jovem guarda ainda não virara grife, e então a mocinha
ia de "Twist, Hully Gully &
Cleide Alves", em 1963, o
mesmo ano da primeira disparada de Roberto Carlos. A
gravadora era a nacional
RGE, hoje pertencente à
Som Livre (e à Globo) -ou
seja, em termos fonográficos
está na terra de ninguém.
VISITA AO CANTOR
Ainda sem novo presidente
anunciado, a Associação
Brasileira dos Produtores de
Discos irá pela primeira vez ao
encontro do ministro Gilberto
Gil na próxima quarta. A pauta
deve centrar-se na cobrança de
empenho do governo no
combate à pirataria.
JESÚS SALVA
A exemplo da Sony, a
Universal brasileira coloca um
estrangeiro na presidência.
Será o espanhol Jesús Lopez,
atual chefe para a América
Latina, com sede em Miami. A
gravadora diz que é em caráter
"temporário", mas escorrega
sobre o significado do termo.
"Essa presidência é
temporária, e as decisões que
virão no futuro certamente
serão muito bem conduzidas
por Jesús e todos da Universal
Brasil", diz o presidente que
sai, Marcelo Castello Branco.
NO GRAMOFONE
A EMI recupera uma
pequena fatia de seu catálogo
de discos de dez polegadas
-vinis anteriores ao LP, que
nos anos 50 abrigavam em
geral quatro faixas de cada
lado. Cada um dos dez CDs da
série reunirá dois vinis
originais de Dorival Caymmi,
Dalva de Oliveira, Mario Reis,
Francisco Alves, Isaura Garcia
e outros. Saem no final do mês.
psanches@folhasp.com.br
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