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EXPOSIÇÃO
Pioneiro da fotografia de moda no Brasil abre mostra na galeria Paparazzi e lança seu livro "RioErótico"
Stupakoff afasta vulgaridade do erótico
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
"O erotismo não é vulgar." Otto
Stupakoff, 70, o pioneiro da fotografia de moda no Brasil, sai em
defesa de suas imagens que ganham hoje o espaço da galeria Paparazzi, onde é lançado seu livro
"RioErótico", com mais de 300 fotografias que exploram a sensualidade do imaginário urbano carioca, muitas vezes com um humor que ofende os mais puristas.
A publicação (ed. HarperCollins/Regan Books, R$ 115, 192
págs.) também mostra um olhar
atento de Stupakoff sobre um Rio
retratado à exaustão em ensaios
"sensuais" que consegue ainda revelar ângulos inusitados de erotismo na arquitetura e na natureza,
por exemplo. Exemplares nesse
sentido são imagens captadas no
cemitério São João Batista e em
uma loja de gessaria.
Ao retratar pessoas, não-profissionais -"são muito mais espontâneos que modelos"-, e seus
corpos, Stupakoff consegue não
pender para o pornográfico, tentação comum a muitos profissionais. "Helmut Newton, por exemplo, tem um erotismo culto", diz
ele, que vê em Jock Sturges e Leni
Riefenstahl bons exemplos de fotografia erótica. "Não há nada
mais erótico que os ensaios de Leni com os nuba [tribo africana]."
RioErótico
Quando: abertura hoje, às 19h
Onde: galeria Paparazzi (av. Pedroso de
Moraes, 100, tel. 0/xx/11/2139-0250)
Quanto: entrada franca
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