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ROCK
Banda de heavy metal estréia turnê nacional no dia 22, no Metropolitan (Rio de Janeiro), e toca no Olympia, em São Paulo, nos dias 23 e 24
Def Leppard quer conhecer pop brasileiro
RUBENS LEME DA COSTA
especial para a Folha
Fazer grandes shows, conhecer o
rock brasileiro e curtir as belezas
naturais do Brasil. Essas são as
principais metas do grupo inglês
Def Leppard, que abre turnê brasileira no dia 22, no Metropolitan,
no Rio de Janeiro.
A banda ainda se apresenta no
Olympia, em São Paulo, nos dias
23 e 24.
Para o baixista Rick Savage, a
turnê tem sido ótima. ``Estamos
tocando em lugares a que nunca
havíamos ido, como a América
Central, e a repercussão tem sido
fantástica'', disse, em entrevista à
Folha, por telefone, do Panamá.
Leia alguns trechos da entrevista.
Folha - Como tem sido a turnê do
novo álbum, ``Slang''?
Savage - Tem sido maravilhosa, o público tem adorado. Recebemos críticas positivas e estamos
felizes por tocar em lugares como
Panamá, Guatemala, Equador e
Costa Rica, onde nunca estivemos.
Folha - O que vocês esperam dos
shows no Brasil?
Savage -Acho que será um dos
pontos altos da turnê. Já me disseram que temos um grande fã-clube
aí e que deveremos ter casa cheia.
Folha - Não incomoda tocar em
lugares menores, em vez de estádios?
Savage -Não faz a menor diferença. O importante é que as condições técnicas estejam boas e que
todo mundo goste do show. É lógico que em teatros você não tem todo o aparato tecnológico dos estádios, mas será igualmente bom.
Folha - Como você define o novo
trabalho, ``Slang''?
Savage -Estou muito orgulhoso do resultado do disco. Conseguimos a sonoridade rock que
queríamos.
Folha - Você acha que o estilo
``heavy metal'' morreu?
Savage -Eu não gosto desses
rótulos que a mídia inventa. Para
mim, isso não existe.
Folha - Vocês não vieram ao Brasil em 85 para o Rock in Rio devido
ao acidente com a baterista Rick
Allen, que perdeu um braço. Qual
a importância dele na banda?
Savage -Bem, Rick está há muito tempo com a gente e quando ele
perdeu o braço foi um golpe terrível para o grupo, que pensou em
parar. Mas graças a um kit eletrônico de bateria, pelo qual ele pode
simular as batidas com pedais, ele
acabou ficando.
Folha - Vocês esperam o mesmo
sucesso de "Hysteria", de 1987?
Savage -Acho pouco provável.
O que aconteceu com ``Hysteria''
foi uma dessas coisas incríveis que
deixam qualquer artista espantado
e orgulhoso. Nós vendemos muito, tivemos vários hits. Foi um período especial para todos nós.
Folha - Vocês têm Vivian Campbell na guitarra em lugar de Steve
Clark, que morreu em 91. Quais
são as diferenças entre os dois?
Savage - Para falar a verdade
Vivian tem um estilo semelhante
ao que Steve possuía, o que facilitou seu encaixe no grupo.
Folha - No ano passado vocês
conseguiram um recorde tocando
em três continentes diferentes em
um mesmo dia. Como foi possível?
Savage -Foi muito complicado.
Nós começamos no Marrocos, tocando à meia-noite, e imediatamente fomos para a Inglaterra, onde tocamos às dez da manhã. Depois voamos para o Canadá, onde
nos apresentamos à noite. Conseguimos isso devido às diferenças
de fuso horário.
Folha - E vocês esperam bater esse recorde mundial?
Savage - Ah, Deus, não. Foi legal, mas cansativo. Nem de brincadeira imagino fazer de novo.
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