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Evento evita estilo tradicional
ESPECIAL PARA A FOLHA
Para se estabelecer como o mais
conceituado festival do gênero no
país, o Chivas Jazz se apoiou em
uma fórmula. Além de rejeitar a
música pop, evita o jazz mais tradicional. Prefere investir em novos talentos ou veteranos da vanguarda e do jazz pós-bebop.
No elenco deste ano há mais veteranos que nas edições anteriores, mas isso não significa que a
música será menos inovadora. Há
mais modernidade nos vocais da
septuagenária Sheila Jordan do
que nas poses da "jovem" Diana
Krall e suas inúmeras clones.
Três atrações vão atrair os adeptos da vanguarda. Dez anos após a
morte de seu criador, a Sun Ra
Arkestra segue cultivando a música desse extravagante pioneiro do
free jazz. Um dos mais originais
compositores atuais, o pianista
Andrew Hill tem um pé na tradição e outro na experimentação.
Já a Bump the Renaissance
Band, liderada pelo baterista e
compositor Bobby Previte, é uma
verdadeira seleção de craques da
música de Nova York.
Lirismo e virtuosismo não vão
faltar nos shows de dois grandes
instrumentistas. Além de compositor de primeira linha, Tom Harrell é um dos melhores trompetistas da atualidade. Já o jazzista
francês Richard Galliano despertou novo interesse pelo acordeão.
O festival inclui ainda homenagem ao trombonista carioca Raul
de Souza, veterano da bossa nova
que ajudou a inscrever a música
brasileira na cena mundial do
jazz.
(CC)
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