DA REDAÇÃO

Os shows desta sexta-feira e deste sábado marcarão a terceira passagem pelo Brasil do Living Colour, que desembarcou pela primeira vez aqui para apresentações na edição de 1992 do extinto festival Hollywood Rock.
"Foram noites especiais porque era a primeira vez que [o baixista] Doug Wimbish tocava ao vivo com a banda", rememora o guitarrista Vernon Reid. Os shows em São Paulo e no Rio de Janeiro ocorreram em uma programação que ainda incluía Lulu Santos, Seal e os hoje sumidos EMF. À época, no embalo da alta rotação de suas faixas nas rádios, o grupo emplacou uma boa performance e acabou sendo considerado a revelação do festival.
O Living Colour voltaria ao Brasil logo no ano seguinte, durante a turnê do disco "Stain", quando a tensão já tomava conta dos integrantes e desaguaria na dissolução do quarteto no começo de 1994.
Para as apresentações brasileiras que marcam o retorno da banda, o guitarrista Reid diz que o repertório será formado por uma mescla de músicas do álbum novo "Collideoscope" e de clássicos de "Time's Up" e "Vivid". "Certamente não faltará "Cult of Personality", que é a nossa "Black Magic Woman" [canção obrigatória nos shows de Santana]", diz.
Do repertório novo, o Living Colour tocará "A? of When" e "Operation: Mind Control", cujas letras, assim como boa parte do disco, remetem ao impacto provocado pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos. "Back in Black" e "Tomorrow Never Knows" covers de AC/DC e Beatles, respectivamente, que foram gravadas em "Collideoscope", também devem comparecer.
(SOS)