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MÚSICA
Prolífico, líder do Foo Fighters toca no Rock in Rio-Lisboa e grava novo CD
Dave Grohl segue com disco e show
THIAGO NEY
DA REDAÇÃO
Dave Grohl não pára. Ele tinha
uma banda que foi das mais bem-sucedidas da história recente do
rock, tem uma das bandas mais
bem-sucedidas da história recente do rock e participa de projetos e
de outros grupos de amigos famosos. E ainda arranja tempo para tocar num dos principais festivais do ano, o Rock in Rio-Lisboa.
Após a desistência do Guns N"
Roses, o Foo Fighters foi chamado para se apresentar no evento
português. Será o único grande
show do grupo no ano.
"Vamos apenas para Lisboa.
Terminamos nossa turnê mundial em setembro do ano passado.
Agora estamos trabalhando no
próximo álbum", disse Grohl à
Folha, por telefone, dos EUA.
"Estávamos no estúdio e recebemos uma ligação dizendo que o
Guns N" Roses não tocaria mais
no festival, e eles perguntavam se
toparíamos. Pensei: por que não?
Será um grande show, com muita
gente, e poderemos tirar umas férias legais em Portugal..."
Com quatro discos nas costas e
hits punks pegajosos como "Everlong", "This Is a Call", "Breakout"
e "My Hero", o Foo Fighters é
banda perfeita para festivais de
grande público.
O grupo tocou na versão Rio do
Rock in Rio, em 2001. Em Portugal, que abrigará o evento entre 28
de maio e 6 de junho, Dave Grohl
e turma estarão acompanhados
de gente como Paul McCartney,
Britney Spears, Gilberto Gil, Ivete
Sangalo, Metallica e Sting.
"Quando você toca em festivais,
sempre há um público diverso.
Tocamos antes em eventos com
bandas que não soavam nada como nós, como David Bowie ou,
quem mais?, artistas pop. Isso não
importa muito", diz ele, sobre o
público que irá assisti-lo.
"Não importa se é apenas para
nossos fãs num clube ou num festival para 200 mil pessoas. Eu quero é tocar. Se um fã da Britney
Spears aparecer para assistir ao
nosso show, não me importo. Se
ele não gostar, que vá para casa.
Eu nunca julgo o público."
No Brasil
Sobre o show no Brasil, que recebeu vários elogios há três anos,
Grohl diz ter ficado surpreso com
o sucesso das apresentações do
Foo Fighters. "Eu adorei, foi lindo. E era meu aniversário. Foi
nosso primeiro show no Brasil. A
única vez que estive aí antes disso
foi com o Nirvana [no Hollywood
Rock de 1993], então não sabia o
quanto as pessoas conheciam de
Foo Fighters. Mas o público cantou quase todas as músicas, e
muito alto. Foi muito bom."
Além de cantar e tocar guitarra
no Foo Fighters e de "martelar" a
bateria no Nirvana, Dave Grohl
foi integrante do grupo de hardcore Scream, quando morava em
Washington, no final dos anos 80.
Hoje, não recusa convites para
participar de projetos e de sessões
de bandas amigas: Grohl tocou
com o Queens of the Stone Age,
no disco "Songs for the Deaf"
(2002), e com o histórico grupo
pós-punk Killing Joke, no álbum
homônimo da banda (2003).
"Geralmente são pessoas que eu
conheço bem. Sou amigo do Josh
[Homme, vocalista do Queens]
há 12 anos. E quando um amigo liga e fala: "Ei, você quer tocar bateria conosco?", eu aceito, claro. Já o
Killing Joke é uma das bandas que
eu mais adoro, desde quando era
criança. Eles me ligaram e perguntaram se eu queria tocar com
eles. Aquilo foi uma honra."
Grohl diz que está gravando,
com calma, o quinto disco do Foo
Fighters, que deve sair no começo
do ano que vem.
"Não sabemos ainda como vai
ser. A gente tem uma idéia antes
de entrar em estúdio, escrevemos
as canções, mas depois o resultado sempre é de maneira diferente.
Nosso último disco foi gravado
em apenas duas semanas. Dessa
vez queremos passar bastante
tempo no estúdio."
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