São Paulo, sábado, 14 de maio de 2011 |
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Autores criticam academia ao longo de viagem DO ENVIADO A MANAUS Durante os cinco dias a bordo do Grand Amazon, o público do cruzeiro assistiu a seis debates -com destaque para as mesas que juntaram os historiadores Laurentino Gomes e Mary Del Priore, e os ficcionistas Cristóvão Tezza e José Eduardo Agualusa. Gomes e Del Priore criticaram, em uníssono, os cânones da universidade. "Saí da USP para escrever do jeito que eu queria, sem nenhuma amarra", disse Mary Del Priore, que acaba de lançar "Histórias Íntimas -Sexualidade e Erotismo na Historia do Brasil". Laurentino Gomes, que durante três décadas foi jornalista, endossou: "Quando me dizem que eu vulgarizo a história, concordo. Vulgarizo mesmo, no sentido latino da palavra, de tornar vulgo, acessível." Cristovão Tezza e José Eduardo Agualusa falaram sobre usar a escrita como substituto à psicanálise. Tezza foi irônico. "Se eu fizer análise, fico bom, curado, e não escrevo mais", disse. "Não acredito em literatura como catarse, mas ninguém produz sem ser afetado pelo que escreveu. Fui sendo escrito pelos meus livros", completou. (RK) Texto Anterior: Literatos sobem rio Negro em cruzeiro Próximo Texto: Literatura 1: Escritor luso Manuel António Pina é vencedor do 23º Prêmio Camões Índice | Comunicar Erros |
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