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São Paulo, sábado, 14 de junho de 2003

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FILMES E TV PAGA

Caravana da Coragem
SBT, 15h45.
  
(Ewocs, the Battle for Endor). EUA, 85, 96 min. Direção: Jim e Ken Wheat. Com Wilford Brimley, Warwick Davis. Os Ewocs, seres peludos que aparecem em "O Retorno de Jedi" (terceiro filme da série "Guerra nas Estrelas"), aqui socorrem duas crianças que devem enfrentar temível e malvado inimigo. Infantil.

Corra que a Polícia Vem Aí 2 1/2
Globo, 16h30.
   
(The Naked Gun 2 1/2, the Smell of Fear). EUA, 91, 84 min. Direção: David Zucker. Com Leslie Nielsen, Pricilla Presley. O tenente Frank Derbin (Nielsen), com sua habitual incompetência, combate agora quadrilha que pretende desviar verbas governamentais. Inferior ao primeiro filme da série, mas tem senso de humor, desvia-se das armadilhas da paródia e tem um Leslie Nielsen inspirado.

Um Sorriso como o Seu
Globo, 23h05.
 
(A Smile like Yours). EUA, 97, 98 min. Direção: Keith Samples. Com Greg Kinnear, Lauren Holly, Joan Cusack. Comédia em torno de casal feliz cujos problemas começam quando se descobre que ele não pode ter filhos. A adoção de métodos não ortodoxos para ter uma criança é o problema do homem e, em decorrência, da própria relação com a mulher. Inédito.

Um Caso a Três
SBT, 23h45.
 
(Three to Tango). EUA, 2000, 95 min. Direção: Damon Santostefano. Com Matthew Perry, Neve Campbell,. Milionário pede a arquiteto que vigie sua namorada, acreditando que ele é gay. Para resumir, ele não é. Do resto, o título informa. Comédia romântica. Inédito.

O Amor de Emmanuelle
Bandeirantes, 2h.
 
(Emmanuelle's Love). França, 93, 90 min. Direção: Francis Leroi. Com Sylvia Kristel, Marcella Wallerstein. Um dos filmes da vasta série raspa de tacho feita no começo dos 90, em torno da personagem. Aqui, Emmanuelle faz um trabalho para uma amiga: trata de seduzir o homem por quem ela está apaixonada.

Rumo à Liberdade
SBT, 1h50.
  
(Free of Eden). Canadá, 98, 98 min. Direção: Leon Ichaso. Com Sidney Poitier, Sidney Tamia Poitier. Ex-professor, Poitier agora se notabiliza como homem de negócios. Tudo vai muito bem, até que uma garota pobre, sem recursos para estudar, bate à sua porta em busca de ensinamentos. Isso levará o homem a repensar sua vida. E o filme a se propor como um conto de fadas. Feito para TV.

Vida Dupla
Globo, 3h10.
  
(She Led Two Lifes). EUA, 94. Direção: Bill Corcoran. Com Connie Corcoran, Perry King. Ao dar aulas em outra cidade, professora universitária reencontra antigo amor. Descobre que ainda o ama. Como quer casar, mas já é casada e não pretende se divorciar, torna-se bígama. Feito para TV.

Rastros de Ódio
SBT, 3h40.
    
(The Searchers). EUA, 56, 125 min. Direção: John Ford. Com John Wayne, Jeffrey Hunter. Depois que tem quase toda a família dizimada, veterano da Guerra de Secessão persegue por anos e anos os índios que mantêm uma sobrinha sequestrada. Um dos maiores faroestes de todos os tempos. (IA)

"Eles Vivem" contém a herança do filme "B"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É um engano supor que os filmes "B" sejam filmes ruins. Eles eram os filmes baratos que compunham o programa duplo dos cinemas, desde que a Depressão dos anos 30 obrigou os donos de salas a oferecer dois filmes pelo preço de um para atrair público.
Eles podiam ser insuportáveis, também podiam ser muito bons. Não é isso que os torna tão particulares, e sim o fato de terem criado um modo de produção absolutamente original, em que se aproveitavam roupas, cenários e até cenas de outros filmes.
O "B" era rodado sempre em poucos dias. Por isso, os diretores davam tratos à bola para filmar de maneira econômica. Daí o "B" ser o domínio por excelência dos planos sequência (toda a cena rodada sem cortes, ou quase).
Os modernos fizeram o mesmo. Rossellini e Orson Welles foram mestres do plano sequência. Nesse sentido, o "B" de certo modo já contém o cinema moderno. Mas, lembra Alcino Leite Neto, não só: o "B" também é herdeiro dessa sofisticação única no uso da câmera que é o grande segredo do cinema mudo: falava-se com a câmera.
Nessa hipótese, o "B" ao mesmo tempo detém o passado e o futuro. Mas não é isso o essencial, e sim que: antes do sonoro, o cinema era mais livre (não sofria dos constrangimentos industriais impostos pelo som), e o moderno começa quando o cinema se liberta dessa camisa-de-força.
Ou seja, o essencial do "B" é a liberdade (que hoje, pós-modernamente, está novamente em xeque). Essa liberdade que seus herdeiros, como John Carpenter, sabem cultivar. E talvez nenhum filme de Carpenter seja melhor exemplo disso do que "Eles Vivem" (TNT, 3h).
É uma ficção científica (ou terror, ou ambos) feita com migalhas, em que aliens se misturam aos terráqueos de tal modo que ao final não sabemos quem é quem. Carpenter substitui a grande produção por invenção. Faz do precário uma virtude. Tira ouro de pedra. Que mais pedir?


ELES VIVEM. Quando: hoje, às 3h, no canal TNT.


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