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Conselheiros da Bienal aprovam as contas de 2006
Com o resultado, Manoel Pires da Costa poderá tomar posse para o seu terceiro mandato à frente da fundação
Em reunião, Pires da Costa critica a imprensa e diz que tentaram atingir a sua honra no processo de análise das contas da Bienal
MARIO CESAR CARVALHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O conselho consultivo da
Fundação Bienal aprovou anteontem à noite as contas do
ano passado por 23 votos a favor. Vinte conselheiros (47%
dos presentes) votaram contra.
Com o resultado, o empresário Manoel Pires da Costa poderá tomar posse para o seu
terceiro mandato à frente da
fundação.
Nove votos (oito deles pró-Pires da Costa) foram dados
por meio de procuração, o que
pode gerar uma disputa judicial
sobre a legalidade da reunião.
Pires da Costa havia sido eleito em 19 de abril (39 votos a favor, sete contra e uma abstenção), mas no mesmo dia o conselho fiscal reprovou as contas
de 2006. Por isso, sua posse ficou condicionada a uma segunda análise da contabilidade.
O Ministério Público considerou que o negócio entre uma
empresa de Pires da Costa, a
TPT Comunicações, e a Bienal
não trouxe prejuízos à fundação. Ele baseou a sua defesa
nessa conclusão do Ministério
Público (leia texto abaixo).
Estatuto
As contas foram reprovadas
porque o conselho fiscal considerou que Pires da Costa violou
o estatuto da fundação ao contratar uma empresa dele mesmo, a TPT, para editar a revista
"Bien'art", pela qual a instituição pagava R$ 125 mil por mês.
O estatuto da fundação proíbe
presidentes e conselheiros de
manter negócios com a Bienal.
Anteontem, numa reunião
de três horas e meia, as contas
foram aprovadas. Houve ao
menos uma controvérsia e um
momento dramático.
A controvérsia era se devia
ser lida uma carta em que o secretário-adjunto da Secretária
de Cultura do Estado, Ronaldo
Bianchi, pedia a renúncia de Pires da Costa "para o bem da
Bienal" e do empresário.
O editor Pedro Paulo de Sena
Madureira, que integra o conselho da Fundação Bienal, disse
que a carta não podia ser lida
porque Bianchi não fazia parte
da diretoria da fundação.
Citando o estatuto, Sena Madureira afirmou que Bianchi só
poderia fazer parte da diretoria
se a secretaria contribuísse
com recursos para a Bienal, o
que não ocorre.
Momento dramático
Um abaixo-assinado em defesa de Pires da Costa, articulado pelo ex-ministro Rubens Ricupero, também não foi lido.
O momento dramático da
reunião foi quando o empresário Pires da Costa afirmou que
tentaram atingir a sua honra no
processo de análise das contas
da fundação. Ele disse também
que se sentira violentado pela
imprensa.
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