|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
crítica
Série também entra em crise de meia-idade
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
S
e você quiser se divertir com "Shrek
Terceiro", saia depois de passados os primeiros dez minutos. Ali
estão as situações mais engraçadas, pelo menos para
os pais. A morte do "rei-sapo", cuja voz é de John
Cleese, é puro Monty
Phyton, antigo grupo do
comediante.
É seguida por uma "orquestra" tocando "Live
and Let Die", música de
um filme de James Bond,
composta por Paul
McCartney. O segredo do
sucesso de "Shrek" sempre foi o duplo sentido,
piadas adultas que só os
pais entenderão e situações universais para que as
crianças se entretenham.
O exemplo perfeito são
esses primeiros minutos.
É por isso que é a cinessérie de animação mais bem-sucedida da história. Que
concorreu à Palma de Ouro em Cannes, quando
surgiu. Que criou um modelo de "meta-animação"
que vem sendo repetido à
exaustão. Etc.
Mas, como o próprio
ogro em "Shrek Terceiro",
a coisa toda começa a mostrar sinais da idade. Ou pelo menos uma crise de
meia-idade.
Aqui, ele foge da responsabilidade de ser rei depois
da morte do sogro. Para
tanto, parte em busca de
um possível herdeiro-substituto (Artie, voz de
Justin Timberlake, que
vem se revelando um bom
ator). A acompanhá-lo, os
inseparáveis Gato de Botas (Antonio Banderas) e
Burro (Eddie Murphy),
ainda responsáveis pela
maior parte das risadas.
Momentos antes de o
marido partir, Fiona (voz
de Cameron Diaz, no filme
em que a personagem tem
menos cenas importantes)
revela que está grávida.
Enquanto procura escapar
da sucessão, Shrek (voz de
Mike Myers) tenta aceitar
o inevitável: sua própria linha sucessória.
Conseguirá? Só saberá
quem agüentar mais 82
minutos...
SHREK TERCEIRO
Direção: Chris Miller
Produção: EUA, 2007
Quando: estréia amanhã nos cines Metrô Santa Cruz, Shopping
D e circuito
Avaliação: regular
Texto Anterior: Brasileira estará em especial de natal para TV Próximo Texto: Bebida: Feira da cerveja em SP anuncia lançamentos Índice
|