São Paulo, segunda, 14 de julho de 1997.



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Graham é Zappa do funk

do enviado especial

Foi uma grata surpresa. Que se esperasse algo de alguém que foi baixista no Sly & The Family Stone -especialmente que ele não aparecesse no show-, mas esperar o quê de alguém que entra com sua banda toda vestida de branco, ele com boné de marinheiro, passando pelo meio do público?
Foi assim o começo temerário da exibição de Larry Graham na sexta. Aos poucos, ele colocou sua Graham Central Station para funcionar.
O homem é como um Frank Zappa do funk. Vem convencional e de repente pára tudo para fazer, com sua tecladista, seu guitarrista e outro tecladista, harmonias vocais inusitadas. No início, abusou de brincadeiras de acampamento. Dividiu a platéia em duas, fez as partes competirem em volume.
Mas chegou um momento em que ficou sozinho no palco e fez soar seu baixo como uma guitarra, segurou com pedal e distorção notas agudíssimas. Depois disso, Hendrix baixou: beijou o baixo, esfregou-se nele e produziu microfonias.
No bis cantou "Love and Happiness", sucesso de Al Green. Interpretou com mais "soul" do que o pastor.
Amanhã a principal atração é David Byrne, que lança seu novo disco, "Feelings". (PV)


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