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Graham é Zappa do funk
do enviado especial
Foi uma grata surpresa. Que
se esperasse algo de alguém que
foi baixista no Sly & The Family
Stone -especialmente que ele
não aparecesse no show-,
mas esperar o quê de alguém
que entra com sua banda toda
vestida de branco, ele com boné de marinheiro, passando
pelo meio do público?
Foi assim o começo temerário da exibição de Larry Graham na sexta. Aos poucos, ele
colocou sua Graham Central
Station para funcionar.
O homem é como um Frank
Zappa do funk. Vem convencional e de repente pára tudo
para fazer, com sua tecladista,
seu guitarrista e outro tecladista, harmonias vocais inusitadas. No início, abusou de brincadeiras de acampamento. Dividiu a platéia em duas, fez as
partes competirem em volume.
Mas chegou um momento
em que ficou sozinho no palco
e fez soar seu baixo como uma
guitarra, segurou com pedal e
distorção notas agudíssimas.
Depois disso, Hendrix baixou:
beijou o baixo, esfregou-se nele
e produziu microfonias.
No bis cantou "Love and
Happiness", sucesso de Al
Green. Interpretou com mais
"soul" do que o pastor.
Amanhã a principal atração é
David Byrne, que lança seu novo disco, "Feelings".
(PV)
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