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CRÍTICA
Kline e Branagh têm dia de Connery e Caine
SÉRGIO RIZZO
ESPECIAL PARA A FOLHA
Nunca Kevin Kline e Kenneth Branagh estiveram tão
perto -o que, no caso de ambos,
significa estar ainda longe- de
Sean Connery e Michael Caine.
Os dois primeiros dublam Tulio e
Miguel, protagonistas de "O Caminho para El Dorado", espécie
de versão juvenil das peripécias
de Connery e Caine em "O Homem Que Queria Ser Rei" (75),
aventura de John Huston baseada
em livro de Rudyard Kipling.
Mudam o tempo (1519), o espaço e o registro. Tulio e Miguel são
espanhóis do século 16, mas pensam e agem como jovens norte-americanos de hoje. A busca por
El Dorado, cujo mapa lhes cai sobre o colo, se reveste de caráter
adolescente: eles pegam carona
na expedição de Fernando Cortês
e atravessam o Atlântico.
Os índios acham que eles são
deuses, e a mulher da história alimenta-se do clichê da "latinidad
caliente". A xaropada musical é
de Elton John e Tim Rice. Mas torcer o nariz para essas características "Disney" é exagero. É só uma
fábula sobre dois garotões que
nem queriam ser reis, chegaram a
deuses e deram a Kline e Branagh
seu dia de Connery e Caine.
O Caminho para El Dorado
The Road to El Dorado
Direção: Eric "Bibo" Bergeron, Will Finn
Com: Kevin Kline, Kenneth Branagh
Produção: EUA, 2000
Quando: a partir de hoje nos cines Belas
Artes Oscar Niemeyer, Morumbi 2 e
circuito
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