DA REPORTAGEM LOCAL

Difícil para quem se interessa por jazz não conhecer o nome de Ron Carter. Aos 68 anos, o baixista norte-americano se vangloria de ter participado da gravação de mais de 2.500 álbuns, em quase 50 anos de carreira.
Carter, que já fez mais de dez apresentações no Brasil, desembarca novamente por aqui para participar, amanhã, das "Jazz Nights" do clube paulistano Bourbon Street. Depois, o destino dele é o Mistura Fina, no Rio de Janeiro, onde mostrará seu baixo em ação na próxima semana.
Um dos principais marcos da carreira de Carter é sua participação, na década de 60, no segundo grande quinteto de Miles Davis (1926-1991) -um dos grupos mais sofisticados e influentes da história do jazz.
Carter diz que seu (longo) namoro com o Brasil começou em 1970, quando gravou "Stone Flower", um dos clássicos álbuns de Tom Jobim.
O último capítulo dessa história data de 2003, quando o baixista veio ao país para se apresentar no palco ao lado da cantora carioca Leny Andrade.
Neste retorno a São Paulo, o americano vem acompanhado de Stephen Scott (piano), Payton Crossley (bateria) e Stevie Kroon (percussão) -músicos que já estiveram com ele em outras visitas ao Brasil.

Eliane Elias
As "Jazz Nights" terão ainda outra estrela, a pianista e cantora brasileira Eliane Elias. A paulista sobe ao palco do Bourbon Street Music Club hoje, em duas apresentações.
Eliane está radicada nos Estados Unidos desde a década de 80. Muito conhecida do público norte-americano, ela já estampou as páginas de renomadas revistas de jazz, como a "Down Beat" e a "Jazz Times".
Somente neste ano a pianista já passou por palcos -além dos norte-americanos- na França, em Portugal, na Espanha, na Bélgica, na Suíça e no Japão.
(FV)