São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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Crítica/"Instinto..."

Didatismo banaliza trama sobre assassino

DO CRÍTICO DA FOLHA

A galeria de assassinos seriais do cinema ganha, com "Instinto Secreto", uma leitura didática dos tormentos da psicopatia: para representar o impulso que leva um bem-sucedido empresário (Kevin Costner) a cometer crimes, cria-se um alter ego de carne e osso (William Hurt).
A idéia é marota, encarnando ao mesmo tempo uma solução e uma armadilha (à medida que se esvazia e se banaliza ao longo do filme), mas o diretor e roteirista Bruce A. Evans (que co-escreveu "Conta Comigo") espalha outras pelo próprio caminho, na forma de tramas paralelas que envolvem uma policial (Demi Moore), um fotógrafo (Dane Cook) e a filha do empresário (Danielle Panabaker).
A medíocre trilha sonora, com ar de música genérica produzida em computador, traduz bem o encadeamento mecânico (e, por isso, às vezes cômico) entre as situações. Resolver uma trama dessas é sempre um problemão, e a incrível escalada final de "Instinto Secreto" lembra que pouca gente demonstra habilidade para chegar a bom porto com uma canoa furada. (SR)


INSTINTO SECRETO
Direção: Bruce A. Evans
Produção: EUA, 2007
Com: Kevin Costner, William Hurt
Quando: em cartaz nos cines Jardim Sul, Eldorado e circuito
Avaliação: ruim



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