INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Dizer que "O Tigre e o Dragão" (Cinemax, 22h), do diretor taiwanês Ang Lee, "elevou os filmes de kung fu à categoria de arte", não quer dizer nada. Na melhor das hipóteses, e na pior, significa: "Ang Lee destruiu a beleza do kung fu, afrescalhando-o".
"O Tigre e o Dragão" não serve nem para lamber as botas dos filmes de gente como King Hu ou John Woo. Mas tem um uso das trucagens que tem seu encanto, pois faz as pessoas levitarem, como se a lei da gravidade tivesse sido abolida.
Ainda assim, mais vale confiar em filmes como "As Pontes de Madison" (TNT, 22h), produção de 1995 de Clint Eastwood, apesar dos intervalos detestáveis desse canal, ou em "Toda Nudez Será Castigada" (1973, de Arnaldo Jabor), no Canal Brasil, às 21h.

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