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SHOW
Grupo apresenta sucessos dos anos 70 como "Macho Man" e "Y.M.C.A"
Village People abre as portas de túnel do tempo em SP
ALVARO LEME
DA REPORTAGEM LOCAL
Um túnel do tempo abre as portas em São Paulo neste fim de semana. E dele saem os integrantes
do Village People -um dos grupos mais famosos dos anos 70-
para dois shows que prometem
reunir os nostálgicos da cidade.
"Muitos de nossos fãs atuais nem
eram nascidos quando começamos", diz Felipe Rose, o índio da
turma.
No auge da fama, em fins dos
anos 70, o grupo chegou à marca
de 65 milhões de discos vendidos.
Entrou em declínio na década de
80, apesar de ter chegado a estrear
no cinema com o filme "Can't
Stop the Music". Em 1986, o divórcio: cada um tentou a sorte em
carreiras solo que não decolaram.
Quatro anos depois, se reuniram
para gravar um disco com os
maiores sucessos e, em 1995, voltaram de vez.
São justamente os grandes sucessos do grupo que prometem
esquentar a platéia durante o
show. Estarão lá as clássicas "Macho Man" e "Y.M.C.A", além de
"Go West" e "In the Navy". Mas
os rapazes prometem uma surpresa: o grupo assume de vez seu
lado mais "trash" com o momento Trash Disco, uma homenagem
às divas da era de ouro das discotecas. "Nada melhor do que rir de
nós mesmos", conta Rose. Outra
novidade do repertório é "Take
My Breath Away", composta pelo
David Hodo, que no grupo encarna um operário de construção.
O primeiro show do Village
People no Brasil foi em 1978. Estiveram aqui pela última vez há nove anos. Foi a última visita ao país
de Glenn Hughes. Ele, que arrancava suspiros da platéia como o
motociclista barbudo do sexteto,
morreu de câncer de pulmão, em
2001. Foi cremado vestido com as
roupas de couro que usava nas
apresentações. Mas, como a festa
não pode acabar, seu posto passou a ser ocupado por Eric Anzalone, o único que não é dos integrantes originais da banda.
A apresentação não terá músicos. Os rapazes cantam por cima
de uma base pré-gravada. É mais
econômico e, segundo Felipe Rose, menos cansativo. "Quando
viajávamos com banda, acabávamos virando babás deles. Dava
muito trabalho."
Conversar com os integrantes
da banda é um verdadeiro exercício de memória. "Você saberia
onde posso encontrar um CD da
cantora Maria Creusa?", pergunta
Alex Briley, o soldado. "Tenho
um LP, que comprei quando vim
ao Brasil pela primeira vez", ele
explica. "E por onde andam As
Frenéticas?", pergunta Rose.
Durante a passagem pelo Brasil,
os rapazes tiveram poucas chances de sair para se divertir. No Rio,
tentaram ir ao Cristo Redentor.
"Mas fez muito frio e não dava para ver nada com as nuvens", conta
Alex. Em São Paulo, Rose deu
uma passada pelo circuito de bares da rua da Consolação, nos Jardins. De comida, muito arroz
com feijão. E para beber? "Caipirinha, sempre", diz Rose.
O grupo, que nesta vinda ao
Brasil também fez shows em Brasília, se apresenta hoje em Porto
Alegre (RS). Depois de cantar em
São Paulo, voltam no domingo
para os Estados Unidos para uma
turnê com outro ícone da música
pop americana (e do público gay):
a cantora Cher.
VILLAGE PEOPLE. Onde: Tom Brasil
- Nações Unidas (r. Bragança Paulista,
1.281, Santo Amaro, SP, tel. 0/xx/11/
2163-2000). Quando: amanhã e sábado,
às 22h. Quanto: de R$ 50 a R$ 140.
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