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Criança faz vendas crescerem
e da Redação
Atualmente, a música brasileira
responde por 72% do mercado, o
mesmo percentual da listagem feita pelo Nopem na última semana
de outubro em São Paulo. No Rio,
entretanto, a participação brasileira é maior: 78%. Nas dez mais da
Rádio Link em 11 de novembro ela
sobe para 100%. Nas duas cidades.
"Letra é muito importante. As
pessoas querem entender o que
cantam", diz João Augusto, diretor artístico da EMI.
A participação estrangeira na relação do Nopem é pequena e pouco qualificada. Há, por exemplo, o
pop infantil do Hanson; o pop cafona de Elton John; a música romântica mexicana de Luis Miguel,
ou espanhola de Enrique Iglesias,
ou italiana de Andrea Bocelli; e o
dance inglês das Spice Girls.
O alto índice de discos infantis da
lista -de Xuxa e Angélica a Chiquititas e Tirulipa Jr.- é explicável. Esse foi um dos setores que
mais cresceu nos últimos anos. E
adquiriu uma importância capital
dentro do mercado.
"Não se vende mais de 1 milhão
de cópias de um CD se as crianças
não comprarem também", afirma
Manolo Camero, presidente da
ABPD (Associação Brasileira dos
Produtores de Disco).
Entre os cinco discos que atingiram essa marca em 97, quatro podem ser enquadrados como brega:
o de Zezé Di Camargo e Luciano, o
do É o Tchan, o do Só Pra Contrariar e o de Netinho.
O quinto disco -uma surpresa
mercadológica- é um caso complicado. Renato Russo é um cantor
pop, mas o repertório de "Equilíbrio Distante" é de músicas italianas contemporâneas. Há quem
considere brega.
Até agora, a vendagem de 1 milhão de CDs dos Titãs não foi homologada pela ABPD.
(LAR e MaM)
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