|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bukassa dá força "afro" a líder
DO ENVIADO A ANTONINA
Se você ainda não conhece Bukassa Kabengele, certamente vai
conhecer em breve.
Ao mesmo tempo em que estréia no cinema em "Sonhos Tropicais", esse cantor, compositor e
dançarino de origem africana está
lançando, no final de novembro,
seu primeiro CD solo, "Quero Viver".
Segundo ele, trata-se de um disco "bastante pop, com influências
da música negra norte-americana, da música brasileira e da música africana". Oito das 12 faixas
são de sua autoria.
Bukassa cantou e dançou com a
banda Skowa e a Máfia, com Marisa Monte e Elba Ramalho e se
tornou uma das vozes negras
mais solicitadas pela publicidade.
Para Ed Motta, Bukassa "é gênio, é o melhor cantor do Brasil".
"Essa declaração me deixou muito lisonjeado, pois ele é uma das
minhas referências, ao lado de
Tim Maia, Jorge Ben, Stevie Wonder, Gilberto Gil e George Benson", afirma Bukassa.
Nascido há 30 anos na Bélgica,
onde os pais, zairenses, estavam
estudando, Bukassa passou a infância no Zaire (atual República
do Congo), onde foi alfabetizado
em francês e suaíli.
Aos 10 anos, veio com o pai -o
antropólogo Kabengele Munanga, hoje professor da USP- para
o Brasil. "Sou, literalmente, um
afro-brasileiro."
Depois de 20 anos de Brasil (primeiro em Natal, depois em São
Paulo), Bukassa Kabengele diz
que já está esquecendo o suaíli.
Por isso, quer fazer uma "volta à
África". "Quero recuperar minhas origens, talvez com a própria arte, a própria música."
Com uma breve experiência como ator (atuou no musical "Cazas
de Cazuza"), Bukassa aposta em
seu carisma e em sua forte expressividade gestual para dar vida a
Prata Preta, "um líder de poucas
palavras e muita força interior". E
aproveita cada momento no set
para aprender, com os outros atores e o diretor.
(JGC)
Texto Anterior: Giordano busca "obstinação" Próximo Texto: Panorâmica: Encontro no Canadá destaca brasileiros Índice
|