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Crítica
Obra-prima de Hitchcock trata do que parece ser
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
No filme policial é muito freqüente que uma coisa procure
se passar por outra. É isso que
faz tio Charlie, interpretado
por Joseph Cotten, em "A Sombra de uma Dúvida"
(TCM, 23h), obra-prima de Alfred Hitchcock em sua primeira fase americana, que coincide
com a Segunda Guerra.
A história traz Charlie como
um assassino de mulheres, e
Hitchcock aproveita a trama
para observar a vida numa pequena cidade dos EUA.
Para completar, neste filme
de 1943, além do tio Charlie,
existe a sobrinha também chamada Charlie (o apelido para o
nome da personagem, Charlotte Newton), vivida pela atriz
Teresa Wright: é difícil que os
dois sejam verdadeiros.
Quando o fenômeno se dá
em escala industrial ou ocupa
um lugar privilegiado na cultura, recebe habitualmente o nome de simulacro. É o que se
passa também em "Los Angeles - Cidade Proibida", filme de
1997, onde uma casa de prostituição mantém garotas que se
assemelham a atrizes famosas.
São dois belos filmes.
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