São Paulo, quarta-feira, 14 de novembro de 2007

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Crítica

Obra-prima de Hitchcock trata do que parece ser

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

No filme policial é muito freqüente que uma coisa procure se passar por outra. É isso que faz tio Charlie, interpretado por Joseph Cotten, em "A Sombra de uma Dúvida" (TCM, 23h), obra-prima de Alfred Hitchcock em sua primeira fase americana, que coincide com a Segunda Guerra.
A história traz Charlie como um assassino de mulheres, e Hitchcock aproveita a trama para observar a vida numa pequena cidade dos EUA.
Para completar, neste filme de 1943, além do tio Charlie, existe a sobrinha também chamada Charlie (o apelido para o nome da personagem, Charlotte Newton), vivida pela atriz Teresa Wright: é difícil que os dois sejam verdadeiros.
Quando o fenômeno se dá em escala industrial ou ocupa um lugar privilegiado na cultura, recebe habitualmente o nome de simulacro. É o que se passa também em "Los Angeles - Cidade Proibida", filme de 1997, onde uma casa de prostituição mantém garotas que se assemelham a atrizes famosas. São dois belos filmes.


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