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Top models posam como mortas
especial para a Folha
O mundo da moda sofreu em julho último uma perda irreparável,
com o estilista Gianni Versace
morto por Andrew Cunanan, um
serial killer que agia no meio homossexual nos EUA.
Porém a máquina fashion tudo
transforma com sua cosmética, e
em outubro último o fotógrafo
Terry Richardson e a revista inglesa "i-D", bíblia de comportamento jovem, vestiram de glamour o tema deprimente.
Em editorial destacado na capa
-"Killer Fashion"-, a revista
convocou duas modelos saídas do
Terceiro Mundo para posar como
mortas em terreno baldio, cavando sepulturas etc.
São as tops Shirley Mallmann,
brasileira, e a africana Alek Wek,
nativa de uma tribo do Sudão e em
ascensão nas passarelas.
O editorial inglês tem um antecedente brasileiro. Em maio último,
a dramaturga Gloria Perez chegou
a anunciar que entrara com ação
legal contra a confecção Ellus, por
causa das semelhanças que encontrou entre a cena de assassinato de
sua filha, a atriz Daniella Perez,
morta em 92, e as fotos realizadas
por J.R. Duran para o catálogo da
grife. "Você bate o olho na foto e
leva um choque", disse Perez à
época.
A foto em questão mostra a modelo Andréa Oliveira deitada em
um capinzal, pose repetida no editorial "killer" da "i-D". A Ellus
alegou que se tratava de "cena de
namoro, com a modelo vivíssima".
Também em maio deste ano, o
presidente norte-americano Bill
Clinton se manifestou a respeito
da morbidez no mundo da moda,
protestando contra os efeitos perniciosos que teriam sobre a juventude as fotos da onda "heroin
chic".
(AM)
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