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ROMBO DA BIENAL
Dos outros R$ 500 mil solicitados por FHC a empresários, fundação conseguiu arrecadar R$ 110 mil
Governo federal deve liberar R$ 500 mil
da Sucursal de Brasília
No dia 24 de outubro, o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, visitou a 24ª Bienal de São Paulo. Em coquetel com
empresários, pediu que eles contribuíssem para minimizar o rombo no orçamento da exposição
com R$ 500 mil.
Afirmou que, apesar do arrocho
fiscal, era necessário dar apoio às
artes no país e, especialmente, à
Bienal. Ele autorizou o Ministério
da Cultura (MinC) a liberar a mesma quantia. O resultado, R$ 1 milhão, ajudaria a cobrir o buraco
provocado pela privatização do
sistema Telebrás.
Os R$ 500 mil que viriam do
MinC devem ser liberados na próxima semana. Dos 18 empresários
presentes no encontro, porém, a
Bienal conseguiu só R$ 110 mil.
²
Eletrobrás
Esses não são os únicos reforços
que a Fundação Bienal obteve.
Segundo Julio Landmann, o presidente da fundação, mais R$ 200
mil estão sendo liberados pela estatal Eletrobrás.
Desse modo, o rombo que o orçamento apresenta agora, de R$
1,4 milhão, pode cair para cerca de
R$ 600 mil na próxima semana.
Mas continua sendo um problema, pois a fundação não tem previsão de onde vai encontrar a
quantia, que representa quase 4%
dos R$ 15,4 milhões (orçamento
total).
Para o orçamento inicial da Bienal, o Ministério da Cultura já tinha entrado com R$ 1 milhão. Esse
dinheiro foi liberado mediante
convênio assinado no dia 11 de
agosto.
"O que diz respeito a esse convênio e às responsabilidades do Ministério da Cultura está correto.
Não há atrasos nem dificuldades",
afirmou à Folha o chefe de gabinete do ministério, Luciano Ramos.
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