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Jorge Mautner abre programa de shows
ESPECIAL PARA A FOLHA
Escolhida pelo diretor Zé Celso
Martinez Corrêa para a curadoria
do Encontro Internacional de Antropofagia, o EIA!, a atriz e cantora Beatriz Azevedo conta que o
evento nasceu quando o teatrólogo planejava uma exposição comemorativa dos 40 anos da montagem da peça "O Rei da Vela" (de
Oswald de Andrade) e do movimento tropicalista, que serão festejados em 2007.
"O projeto acabou ficando muito grande, porque a idéia do Zé
Celso é reconstituir os cenários de
todas as montagens do Teatro
Oficina. Vimos que seria melhor
discutir antes a antropofagia, que
é a matriz conceitual da tropicália", explica a curadora.
Azevedo procurou explorar a
diversidade de enfoques, reunindo antropólogos, filósofos, historiadores, psicanalistas e críticos literários. "Achamos importante
trazer convidados estrangeiros ao
banquete para podermos "comê-los", mesmo com um elenco bárbaro de convidados nacionais."
Para que o evento não se limitasse às discussões acadêmicas, a
curadora também fez questão de
organizar uma programação artística, mas o apertado orçamento
não permitiu contar com shows
de Caetano Veloso e Tom Zé, como pretendia. "Fizemos uma programação caseira, mas de qualidade", diz ela, referindo-se aos
shows de Jorge Mautner (hoje) e
Zé Miguel Wisnik (sexta), além
das intervenções do elenco do
Teatro Oficina Uzyna Uzona.
"Apesar de Oswald ter sido rejeitado na Filosofia da USP, a antropofagia é a única produção filosófica desse porte no Brasil. Ela
é nossa e temos que nos apropriar
dela", conclui a curadora.
(CC)
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