São Paulo, quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

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Jorge Mautner abre programa de shows

ESPECIAL PARA A FOLHA

Escolhida pelo diretor Zé Celso Martinez Corrêa para a curadoria do Encontro Internacional de Antropofagia, o EIA!, a atriz e cantora Beatriz Azevedo conta que o evento nasceu quando o teatrólogo planejava uma exposição comemorativa dos 40 anos da montagem da peça "O Rei da Vela" (de Oswald de Andrade) e do movimento tropicalista, que serão festejados em 2007.
"O projeto acabou ficando muito grande, porque a idéia do Zé Celso é reconstituir os cenários de todas as montagens do Teatro Oficina. Vimos que seria melhor discutir antes a antropofagia, que é a matriz conceitual da tropicália", explica a curadora.
Azevedo procurou explorar a diversidade de enfoques, reunindo antropólogos, filósofos, historiadores, psicanalistas e críticos literários. "Achamos importante trazer convidados estrangeiros ao banquete para podermos "comê-los", mesmo com um elenco bárbaro de convidados nacionais."
Para que o evento não se limitasse às discussões acadêmicas, a curadora também fez questão de organizar uma programação artística, mas o apertado orçamento não permitiu contar com shows de Caetano Veloso e Tom Zé, como pretendia. "Fizemos uma programação caseira, mas de qualidade", diz ela, referindo-se aos shows de Jorge Mautner (hoje) e Zé Miguel Wisnik (sexta), além das intervenções do elenco do Teatro Oficina Uzyna Uzona.
"Apesar de Oswald ter sido rejeitado na Filosofia da USP, a antropofagia é a única produção filosófica desse porte no Brasil. Ela é nossa e temos que nos apropriar dela", conclui a curadora. (CC)


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