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FOO FIGHTERS
Banda devolve o rock para o festival de rock
DO ENVIADO ESPECIAL AO RIO
Enfim, às 23h45 de sábado, o
Rock in Rio 3 começou a justificar seu nome e gigantismo,
graças ao contagiante show da
banda americana Foo Fighters,
capitaneada por Dave Grohl, o cara mais simpático do rock mundial.
Não demorou muitos acordes e
pronto, Grohl já era o melhor
amigo de boa parte das 190 mil
pessoas que se juntaram diante do
Palco Mundo para ver um pálido
Beck, um contagiante Foo Fighters e um soberbo REM.
Foo Fighters é rock'n'roll dos
bons, e o festival estava precisando de um, depois de umas 13 horas de embaço por um mundo
melhor.
Coube a Dave Grohl, ex-baterista do Nirvana e hoje ótimo guitarrista e showman, quebrar a divisa
do oba-oba do agrado geral com o
que realmente dignifica um festival de rock: grandes bandas e um
público "gente fina" para acompanhá-las.
Então, mesmo com um sistema
de som vacilante, o Foo Fighters,
sob o forte comando de Grohl,
trouxe à Cidade do Rock uma
ventania rara, chuva de leques, cabeças balançantes e rodas abertas
no meio do público.
Como se fosse um manifesto roqueiro, a banda abriu seu show
com a sintomática e bem escolhida "Breakout", hino de seu mais
recente álbum, "There Is Nothing
Left to Lose": três minutos de barulho (por um festival melhor).
Logo de saída Grohl deu gritos
de "Riooooo" e convidou o público a cantar o refrão. Era hora de se
divertir.
Camisetas
Depois veio "My Hero", e quem
assistiu à MTV nos últimos anos
acompanhou entusiasticamente.
No hit "Learn to Fly", Grohl pediu
ao público licença para "copiar" o
show do James Taylor, do dia anterior, e ordenou a todos tirar a
camiseta e girá-la sobre a cabeça.
Desejo prontamente atendido,
mesmo todos sabendo que o
ocorrido na véspera eram lenços
brancos (e não camisetas), acenados na abertura oficial (não no
show de Taylor). Sem problemas,
Grohl agradeceu reverberando
um sonoro arroto pelas potentes
caixas do Rock in Rio. Rock'n'roll
moleque que a platéia adora.
Mais duas canções ("Big Me" e
"Stacked Actors", que contou
com um duelo de baterias entre o
ótimo Taylor Hawkins e Grohl,
reassumindo seu passado) e o
show entrava no domingo, dia do
aniversário de 32 anos do vocalista do Foo Fighters.
Enquanto a banda puxava "Parabéns pra Você", Grohl recebia
um bolo das mãos da namorada,
Melissa Auf der Maur, ex-baixista
do Hole e Smashing Pumpkins.
Era a maior festinha de aniversário da história do rock, com 190
mil convidados e transmissão ao
vivo pela TV.
Daí para o final, o Foo Fighters
seguiu sua infalível fórmula pop
de divertir o público com baladinhas gostosas e pedradas de fazer
o termômetro subir dos 36º para
uns 70º. E dá-lhe "Next Year",
"This Is a Call", e o "grand finale",
"Everlong".
Com essa apresentação do Foo
Fighters (e depois o REM), o Rock
in Rio viveu seu primeiro dia de
Reading Festival, Glastonbury e
começou a fazer história. Já era
hora.
(LR)
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